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UE: Preços das casas subiram 26% e rendas 14% entre 2010 e 2020

Os preços das casas aumentaram 26% na União Europeia, entre 2010 e 2020. No que diz respeito a rendas, a tendência é semelhante, segundo revela o relatório 'Housing in Europe – 2021' do Eurostat.

UE: Preços das casas subiram 26% e rendas 14% entre 2010 e 2020

Segundo o Eurostat, "tem havido uma tendência de subida constante desde 2013, com aumentos particularmente elevados entre 2015 e 2020." No total, entre 2010 e 2020, verificou-se um aumento do preço das casas na ordem dos 26%. Já no que diz respeito a rendas, a tendência é semelhante.

Estas são duas das principais conclusões retiradas do relatório 'Housing in Europe – 2021' do Eurostat onde retrata o cenário do setor da habitação na União Europeia.

"Registaram-se aumentos em 23 Estados-Membros e reduções em três (dados para a Grécia não disponíveis) durante este período", indica o Eurostat no relatório.

Numa análise aos vários Estados-membros, as maiores subidas registaram-se na Estónia (108%), Na Hungria (91%), no Luxemburgo (89 %), na Letónia (81%) e na Áustria (77%). Em sentido contrário, registaram-se decréscimos em Itália (15%), Espanha (5%) e Chipre (4%).

Já no que diz respeito a rendas, entre 2010 e 2020, registou-se um aumento de 14% no total. Verificou-se uma subida de 25 Estados-Membros e uma diminuição em dois, sendo que os maiores aumentos registaram-se na Estónia (145%), na Lituânia (107%) e na Irlanda (63%). Por outro lado, registaram-se quedas na Grécia (25%) e em Chipre (-5 %).

As casas são acessíveis aos rendimentos das famílias?

Com o aumento dos preços e das rendas, o custo de uma casa pode ser um fardo, dá conta o Eurostat. Isso pode ser medido pela taxa de esforço, que mostra a percentagem de população cujo custo total da habitação representa mais de 40% dos rendimentos disponíveis, sustenta. 

A sobrecarga dos custos com a casa é mais elevada nas cidades do que nas zonas rurais em todos os Estados-Membros, exceto na Bulgária, Roménia, Croácia e Lituânia. As maiores percentagens de pessoas cuja taxa de esforço supera os 40% foram observadas na Grécia (36,9%), Alemanha (22,2%) e Dinamarca (20,3%), enquanto as percentagens mais pequenas estão em Malta (2,8%), Chipre (2,4%) e Lituânia (1,4%). Em Portugal, 4,8% das pessoas vivem com uma taxa de esforço acima dos 40%.

Outra forma de verificar se a habitação é acessível, continua o Eurostat, é através da proporção do custo da habitação no rendimento disponível total. Em média, no ano passado, 20,1% do rendimento disponível na UE era dedicado a despesas de habitação, com as percentagens mais elevadas na Grécia (36,6%), Alemanha (29,7%) e Dinamarca (26,4%) e as mais baixas em Malta (9%), Chipre (11,2%) e Lituânia (12,5%).

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