Covilhã. Associação vai criar apartamentos para jovens refugiados
A Mutualista Covilhanense vai criar apartamentos que ajudem a promover a autonomia de jovens refugiados, acolhidos pela instituição e que, entretanto, conseguiram integração no mercado de trabalho, foi anunciado esta quinta-feira por aquela instituição da Covilhã, distrito de Castelo Branco.
© Shutterstock
Casa Habitação
Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, a associação explicou que o projeto de criação de apartamentos de autonomização vai avançar no início de 2022 e funcionará em paralelo e complemento à Casa Moura - Casa de Acolhimento Especializada (CAE), que abriu há cerca de um ano para receber crianças e jovens oriundos de campos de refugiados e que chegaram ao país sem acompanhamento de adultos.
"O objetivo da nova resposta social, a criar a partir de imóveis da associação, é o de acolher transitoriamente parte desses jovens, já integrados no mercado de trabalho", especificou a informação.
Segundo o referido, este projeto constitui também uma das grandes novidades do Plano de Atividades e Orçamento para 2022 daquela instituição, que foi aprovado por unanimidade na quarta-feira e cujo valor ronda os 2,5 milhões de euros.
Citado no comunicado, o presidente da Mutualista Covilhanense, Nelson Silva, explicou que a instituição já dispõe de três imóveis que podem funcionar como apartamentos de autonomização, sendo que um deles tem já luz verde do Instituto de Segurança Social para ser utilizado com essa finalidade.
Segundo acrescenta, a nova resposta "permitirá uma mais fácil saída da Casa de Acolhimento Especializada por parte dos jovens e uma autonomização progressiva, com acompanhamento de técnicos".
Este projeto surge pouco mais de um ano após a entrada em funcionamento da Casa de Acolhimento Especializada para Crianças e Jovens Não Acompanhados, espaço que já acolhe 25 jovens entre os 16 e os 18 anos e que foi criado ao abrigo de um compromisso assumido pelo Estado perante a União Europeia.
Em 2022, a instituição também prevê continuar as obras no edifício sede para melhorar a eficiência energética, bem como expandir a resposta social de Serviço de Apoio Domiciliário (apoio à terceira idade) e a renovar a certificação de qualidade.
A consolidação da Unidade de Fibromialgia, instalada há dois meses no Centro Clínico, a aposta num Departamento de Inovação Social e o reforço da frota automóvel e na mobilidade verde são outras das metas.
Leia Também: Príncipe William quer usar propriedade real ajudar os sem-abrigo