Crédito à habitação. Prestação paga ao banco desce ligeiramente este mês
A prestação paga ao banco pelo crédito à habitação desce ligeiramente este mês de janeiro nos contratos indexados à Euribor a seis meses e a três meses, face às últimas revisões, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.
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Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses e com um 'spread' (margem de lucro do banco) de 1%, passou a pagar a partir deste mês 445,83 euros, o que se traduz em menos 1,97 euros face à última revisão (julho).
Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições (valor e prazo de amortização), mas indexado à Euribor a três meses, o cliente passou a pagar 443,41 euros, menos 2,42 euros do que pagava desde outubro.
Também se a comparação for entre janeiro deste ano e igual mês do ano passado (12 meses), há uma queda no valor pago ao banco pelos créditos à habitação.
Há um ano, em janeiro de 2021, o cliente com o empréstimo referido pagava 447,54 euros se estivesse indexado à Euribor a seis meses e 446,29 euros se estivesse indexado à Euribor a três meses. Ou seja, atualmente, para o mesmo empréstimo, paga menos 1,71 euros e 2,88 euros, respetivamente.
Tal aconteceu porque as taxas Euribor desceram ligeiramente neste espaço de um ano, agravando ainda mais os valores negativos.
Em dezembro de 2020 (as prestações a pagar ao banco em janeiro usam as taxas Euribor do mês anterior), a média da taxa Euribor a seis meses foi de -0,519% e a média da taxa a três meses de -0,538%. Já em dezembro de 2021 foram de -0,545% a seis meses e de -0,582% a três meses.
Há ainda a referir que em janeiro de 2021 muitas famílias não estavam efetivamente a pagar o crédito à habitação devido às moratórias de crédito, que suspendiam juros e/ou capital, as quais já terminaram.
As taxas Euribor são o principal indexante em Portugal nos contratos bancários que financiam a compra de casa. A Euribor a seis meses é a mais usada, seguida da taxa a três meses.
Desde 2015 que as taxas de juro estão em terreno negativo. Contudo, face à perspetiva de alteração da política monetária em 2022, com eventual aumento das taxas de juro diretoras, também as taxas Euribor serão impactadas e com elas a prestação dos contratos de crédito à habitação.
[Notícia atualizada às 15h31]
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