Número de fogos submetidos a licenciamento caiu 17% até novembro
Até novembro de 2021, foram sujeitos a processo de licenciamento municipal um total de 15.250 novos projetos de habitação que perfazem 35.000 fogos. Este valor perfaz uma descida na ordem dos 17% face ao período homólogo, revela a Confidencial Imobiliário.
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Em Portugal Continental, foram sujeitos a processo de licenciamento municipal um total de 15.250 novos projetos de habitação, entre janeiro e novembro de 2021, que perfazem 35.000 fogos, de acordo com os dados do Pipeline Imobiliário, divulgados hoje pela Confidencial Imobiliário.
Esta carteira apresenta uma quebra na ordem dos 17% quer em número de projetos quer em número de fogos face ao período homólogo, quando o pipeline residencial no país ascendeu a 18.250 projetos num total de 42.250 unidades.
Já "em termos absolutos isto significa que foram projetados menos 7.250 fogos do que em 2020, um número que se deverá acentuar mais com os apuramentos relativos a dezembro", acrescenta Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, citado em comunicado.
Nesta senda, o diretor da Confidencial Imobiliário enfatiza que esta "é uma situação que começa a preocupar o mercado, de acordo com o último inquérito de confiança realizado, o PHMS. A falta de oferta não só é apontada pelos operadores como um dos principais motores da subida de preços, como começa a constar como um potencial travão à atividade transacional do mercado a prazo”, salienta.
De acordo com os mesmos dados, a que o Notícias ao Minuto teve acesso, a principal queda sentiu-se na obra de reabilitação, onde os atuais 2.670 projetos e 5.400 fogos contabilizados apresentam descidas de 26% e 34%, respetivamente, face ao ano passado. No acumulado de 2020 até novembro a carteira de reabilitação registava 3.600 projetos e 8.200 fogos, pode ler-se no documento.
Já no que concerne à atividade na construção nova, esta caiu cerca de 13% (em número de projetos e de fogos), contabilizando em 2021 cerca de 12.600 novos projetos num total de 29.600 unidades, em contraste com os 14.600 projetos e 34.000 fogos submetidos a licenciamento em 2020. A construção nova representa agora 85% dos fogos em carteira, reforçando a sua quota face a 2020, quando aglomerava 81% do pipeline, refere a Confidencial Imobiliário.
Em termos geográficos, apenas o Alentejo apresentou uma evolução positiva da atividade face a 2020, com uma carteira de fogos 13% superior, embora seja a região com menor quota no total do país (3%), faz sobressair o documento.
Na Área Metropolitana de Lisboa, com 25% dos fogos em carteira em Portugal, a quebra foi de 18%, enquanto na Área Metropolitana do Porto (21% do total nacional), a carteira reduziu 11%. No Algarve, a atividade caiu outros 11%, numa região que mantém o seu peso em 7% do total nacional.
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