Construção. "Previsões apontam para aceleração da produção em 2022"
As associações do setor da construção AICCOPN e AECOPS disseram hoje que "as mais recentes previsões do Banco de Portugal apontam para aceleração da produção da construção em 2022."
© Shutterstock
Casa Construção
Segundo a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) e a Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços (AECOPS), as previsões do Banco de Portugal (BdP) indicam, para o setor da construção, um crescimento estimado da produção de 4,3% em 2021 e uma aceleração da atividade em 2022, antecipando um acréscimo real do Valor Bruto de Produção do setor entre 4% e 7%, intervalo a que corresponde um ponto médio de 5,5%.
Em termos absolutos, indica a associação baseando-se nas previsões do BdP, a produção total do setor deverá situar-se entre os 15,5 e os 16 mil milhões de euros.
No segmento da construção de edifícios residenciais, que terá crescido 4,5% em 2021, a taxa de variação real deverá ficar entre 4% e 7%, ou seja, 5,5% em termos médios, "tendo em consideração o atual dinamismo da procura de habitação".
As associações do setor esperam que "se mantenha uma conjuntura favorável para este segmento, com a manutenção das condições de concessão de crédito à habitação e um alívio dos constrangimentos provocados pela pandemia".
No segmento da construção de edifícios não residenciais, o crescimento em 2022 deverá ser ligeiro, entre 0,2% e 3,2% (a que corresponde um ponto médio de 1,7%).
Segundo as associações, tal deve-se ao "comportamento pouco dinâmico na componente privada, a mais penalizada pela crise pandémica e que se encontra bem patente na redução, até outubro, de 4,1% na área licenciada em edifícios não residenciais, e de um acréscimo de atividade na componente pública, que deverá crescer entre 2% e 5% em 2022".
Por seu lado, o segmento da engenharia civil deverá ser o mais dinâmico, prevendo-se que o valor bruto da produção em 2022 cresça entre 6% e 9% (correspondendo um ponto médio de 7,5%), o que reflete "a evolução do mercado de obras públicas, tendo-se verificado um aumento de 4,4% no valor dos contratos de empreitadas celebrados até novembro de 2021".
A AICCOPN) e a AECOPS referem ainda que os investimentos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência que se somam ao Portugal 2020 "colocam o setor em destaque, em virtude dos investimentos em construção previstos em áreas como a habitação, a eficiência energética dos edifícios e a construção de infraestruturas".
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou hoje que os custos de construção de habitação nova aumentaram 8,5% em novembro face ao mesmo mês de 2020, o valor mais elevado em 13 anos.
Leia Também: Custos de construção de habitação nova aumentaram 8,5% em novembro