No ano passado, o segmento de escritórios conseguiu captar um volume de investimento de 2.800 milhões de euros em Espanha, representando 27% do total. Segundo o relatório 'The Office Property Telescope 2022', realizado pela consultora EY, este segmento ficou apenas atrás de ativos logísticos que representaram 29% do investimento.

De acordo com os mesmos dados, a que o Ejeprime teve acesso, há uma 'pipeline' de operações que ascende a mais de 4.000 milhões de euros, dos quais até 3.600 milhões de euros poderão concretizar-se durante este ano.

A consultora destaca ainda que "o mercado nacional de escritórios continua a ser marcado pela heterogeneidade", uma vez que 78% do inventário de escritórios está nas mãos de pequenos proprietários e apenas 18% em empresas e fundos imobiliários.

"O mercado de escritórios tem-se mantido resiliente em Madrid devido à abundância de capital que quer investir em Madrid, uma tendência que esperamos continuar nos próximos anos", afirma Javier Garcia Mateo, sócio responsável na área de Strategy & Transactions da EY.

"No entanto, os preços médios de arrendamento devem comportar-se de forma heterogénea dependendo das áreas, uma vez que nem todas têm parâmetros comportamentais uniformes", alerta o gestor.

Contudo, os investimentos no segmento de escritórios em Espanha representam apenas 3% do total transacionado na Europa, com a Alemanha e o Reino Unido a representarem a maior 'fatia' do investimento, com 24% e 22%, respetivamente.

Já a nível local, o investimento tem sido feito principalmente em Barcelona e Madrid. Nestes mercados, os ativos essenciais representavam, pela mesma ordem, 47% e 35% do volume total transacionado.

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