Vale a pena manter em casa um frigorífico de 20 anos? DECO responde
"Manter um frigorífico em casa durante duas décadas pode não ser a opção mais sustentável", nota a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor.
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Casa Frigorífico
Será que compensa manter em casa um frigorífico de 20 anos? É sustentável? De acordo com a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), é preciso ter em conta que um frigorifico antigo tem "eficiência energética menor do que os mais recentes".
"A tecnologia, felizmente, evolui e permite poupar um pouco mais o planeta e o bolso dos consumidores. Por isso, manter um frigorífico em casa durante duas décadas pode não ser a opção mais sustentável", indica a DECO.
Esta é uma das conclusões do estudo de avaliação dos impactos ambientais ao longo do ciclo de vida de vários produtos, que a DECO realizou com as organizações congéneres de Espanha, Itália, Bélgica, Reino Unido, Países Baixos, França e Dinamarca.
A análise da DECO
No teste a DECO utilizou os estudos feitos pela Euroconsumers sobre a durabilidade média dos equipamentos na casa dos consumidores e fez as contas: "Ora, os portugueses mantêm o seu frigorífico, em média, 16 anos e cinco meses. Mas para fazermos a nossa comparação, nem é preciso selecionar um frigorífico tão antigo".
"Escolhemos um frigorífico de 2013 que não era um topo de gama, mas que tinha uma eficiência energética boa (classe A) e outro de 2019 com muito boa eficiência energética (Classe A+++). A diferença é avassaladora: o primeiro tem um consumo médio anual de 429,24 kw/h e o segundo de 124,10 kw/h. A diferença é de 305,14 kw/h num ano", indica a Associação.
Como é que esta diferença se traduz em dinheiro poupado? "Em 66,24 euros por ano. Pode parecer pouco, mas se os multiplicarmos pelos 16 anos do tempo médio que este eletrodoméstico é mantido por cada português, são mais de mil euros poupados. Este resultado traduz uma diferença de 93,19 euros anuais gastos na fatura da luz com o frigorífico antigo versus os 26,94 euros do modelo novo. Ou seja, se escolher um aparelho eficiente, em vez de manter outro, antigo, de classe A, poupa cerca de 70% de energia", sublinha a DECO.
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