Atividade na construção civil e obras públicas mantém-se no 4.º trimestre
Mais de metade (58%) das empresas de construção civil e obras públicas registaram uma estabilização da sua atividade durante o quarto trimestre de 2021, apesar da falta de mão de obra especializada e do aumento dos preços das matérias-primas.
© iStock
Casa AICCOPN
De acordo com um inquérito à situação do setor realizado pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), as avaliações à atividade global das empresas no último trimestre de 2021 mantiveram-se em relação aos três meses anteriores.
A percentagem de empresas que registaram uma estabilização da atividade foi de 58%, com a redução de dois pontos percentuais, enquanto 10% registaram uma diminuição (mesma percentagem face ao trimestre anterior) e 32% aumentaram a sua atividade (mais dois pontos percentuais).
Nas obras públicas, 70% das empresas apontaram a falta de mão de obra especializada como principal constrangimento, 63% queixaram-se do aumento dos preços das matérias-primas e materiais de construção e 44% consideraram que os preços base dos concursos estavam "demasiado baixos".
Ao mesmo tempo, 30% das inquiridas destacaram os constrangimentos provocados pela covid-19 (11% no trimestre anterior).
A falta de mão de obra especializada foi também lamentada pelo segmento das obras privadas, com 82% das empresas a apontarem este como um dos principais constrangimentos.
O aumento dos preços de matérias-primas e dos materiais de construção foram considerados um problema para 79% das empresas, enquanto a escassez destes materiais foi assinalada por 53% das companhias.
Os constrangimentos provocados pela covid-19 registaram, também, um "forte incremento" nos últimos três meses de 2021, passando de 11% no terceiro trimestre para 39%.
Leia Também: "Somos um clube habituado a estar na Europa com resultados fantásticos"