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Mesmo com a incerteza, imobiliário vai continuar a recuperar em 2022

Apesar da incerteza associada à guerra na Ucrânia, as perspetivas apontam para que o mercado imobiliário mantenha a trajetória de recuperação este ano, segundo o relatório Marketbeat Primavera 2022 da Cushman & Wakefield.

Mesmo com a incerteza, imobiliário vai continuar a recuperar em 2022

O mercado imobiliário vai manter a trajetória de recuperação este ano, mesmo com a incerteza associada à guerra na Ucrânia e ao impacto que a mesma terá na economia. A previsão é do relatório Marketbeat Primavera 2022 da Cushman & Wakefield, que também resume a atividade do mercado imobiliário nacional em 2021. 

"Apesar da atual incerteza sobre o real impacto que o recente conflito internacional gerado pela guerra na Ucrânia terá na economia, as expetativas são de uma contínua recuperação transversal durante o ano corrente, podendo inclusive ser igualado o máximo histórico de 2019 no mercado de investimento imobiliário comercial", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso. 

O estudo revela ainda que, em 2021, "particularmente na segunda metade do ano, o mercado imobiliário nacional registou um aumento generalizado dos seus principais indicadores, embora para valores ainda abaixo dos registados pré-pandemia". 

Relativamente ao segmento dos escritórios, "após um período de incerteza quanto ao impacto do teletrabalho na forma de ocupação dos espaços de escritórios pelas empresas, verifica-se que a maioria das mesmas está a adotar um sistema híbrido".

"Neste contexto, as expetativas apontam para um contínuo aumento dos volumes de ocupação a curto prazo, com a procura por espaços de qualidade a justificar os maiores valores de arrendamento em certas zonas, podendo inclusive ocorrer aumentos residuais", pode ler-se no mesmo comunicado. 

No segmento do retalho, o mercado "encontra-se numa trajetória de recuperação, com níveis de procura equiparados a 2019. Contudo, os recentes desenvolvimentos militares na Europa do Leste poderão reduzir a confiança do consumidor, e consequentemente suspender temporariamente alguns processos de tomada de decisão pela maior cautela dos ocupantes". 

Já no que diz respeito ao segmento residencial - e depois de "algum abrandamento" em 2020 - "o segmento compra e venda deverá continuar a ser marcado por duas tendências distintas, nomeadamente pela entrada no mercado de mais produto direcionado à classe média e média alta e pelo aumento gradual na dificuldade no acessos ao crédito". 

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