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Câmara de Braga desiste da demolição de 30 apartamentos em bairro social

A Câmara de Braga decidiu hoje, por maioria, desistir do projeto de demolição de um bloco com 30 apartamentos no bairro social de Santa Tecla e de transformação daquele espaço numa praça.

Câmara de Braga desiste da demolição de 30 apartamentos em bairro social
Notícias ao Minuto

14:50 - 21/03/22 por Lusa

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Em contrapartida, o bloco vai ser reabilitado e os apartamentos entregues a 30 das quase 300 famílias que estão em lista de espera em Braga para uma habitação condigna.

"Trata-se de uma adaptação às circunstâncias e de um ato de responsabilidade", referiu o presidente da Câmara.

Para Ricardo Rio, "não fazia sentido" demolir um bloco com 30 apartamentos quando "todos os dias" há apelos para o reforço da habitação pública.

Assim, e considerando que "a realidade atual, caraterizada pelo aumento das assimetrias sociais, gerou uma maior procura das habitações sociais e mais pedidos" direcionados à empresa municipal de habitação, BragaHabit, foi decidido reavaliar a decisão de demolir aquele bloco com 30 apartamentos.

Ricardo Rio sublinhou que "todos gostariam" de uma intervenção que, como estava inicialmente previsto, "fosse indutora de uma maior acessibilidade ao bairro" e propiciasse uma maior integração do bairro na zona envolvente, através da demolição daquele bloco e da intervenção no espaço público.

No entanto, vincou, a realidade levou à mudança de planos, sendo agora a aposta a reabilitação do bloco, dotando-o das "mesmas condições de habitabilidade, dignidade e qualidade" dos demais ali existentes.

Uma intervenção que, segundo Rio, estará "obrigatoriamente" concluída até final do primeiro semestre de 2023.

A proposta mereceu a abstenção do PS, enquanto a vereadora da CDU, Bárbara Barros, votou a favor, desde logo por ser essa a vontade dos moradores no bairro.

No entanto, Bárbara Barros alertou para a necessidade de a reabilitação física do bairro ser complementada pelo "acompanhamento social" de quem ali mora.

"A demolição era para abrir o bairro à cidade", referiu, alertando que a não demolição poderá dificultar a relação entre quem ali vive e a restante população.

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