Leiria vai investir 15 milhões em água e saneamento este ano
Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Leiria preveem investir este ano 15 milhões de euros, anunciou a empresa, que pretende reforçar a capacidade de resposta no concelho.
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Numa resposta escrita enviada à agência Lusa, os SMAS referem que, "no que diz respeito ao serviço de abastecimento de água, estão previstos investimentos" na ordem dos 10,5 milhões de euros.
Trata-se de trabalhos "necessários à execução de obras de remodelação e ampliação das redes de água, à execução de ramais de ligação domiciliários de água, ao controlo e redução de perdas no sistema de adução e distribuição de água no concelho, e à reabilitação da rede de abastecimento de água de várias localidades do concelho".
Quanto ao saneamento, as despesas estimadas são de cerca de 4,5 milhões de euros, destacando-se a execução das redes de saneamento na freguesia de Monte Redondo e em vários lugares de Colmeias, e da rede de coletores em localidades de Milagres.
Os SMAS notaram que, no âmbito do saneamento, as obras deverão permitir que "se atinjam níveis de cobertura e atendimento de 95%".
Relativamente ao abastecimento de água, "considerando que os investimentos correspondentes à cobertura da totalidade do concelho estão já concretizados, mantém-se a necessidade de intervenção" na "remodelação dos sistemas de distribuição de água mais antigos e degradados, combate às perdas de água e preparação e implementação da integração dos sistemas de distribuição de água municipais existentes nas Águas do Centro Litoral".
No período 2022-2026, os SMAS de Leiria querem "reforçar a capacidade de resposta às exigências de um concelho em crescimento que necessita de um serviço público de água e saneamento robusto, capacitado e resiliente face aos novos desafios que este setor tem registado, nomeadamente com as alterações climáticas".
Os SMAS acrescentaram que "o setor de abastecimento de água e saneamento de águas residuais enfrenta atualmente desafios importantes".
"Depois de duas décadas cujo foco foi a infraestruturação e o aumento dos índices de cobertura, o desafio que agora se coloca prende-se com assegurar a sustentabilidade a longo prazo", adiantou a empresa, considerando que esta "foi fortemente condicionada nos últimos anos por aumentos sucessivos do preço da energia e pela constatação de uma tendência de redução dos consumos de água".
Nesse sentido, "torna-se cada vez mais premente reforçar a racionalização e a otimização do uso dos recursos".
No campo operacional, os SMAS notaram que "a falta de recursos humanos, que impede a resposta rápida e atempada, a necessidade de adaptação e preparação face às alterações climáticas, a capacidade de execução dos investimentos em curso por parte dos prestadores de serviço, que se agravaram com a atual crise energética, e os constrangimentos ao nível do financiamento para a execução de investimentos, são as principais dificuldades atualmente".
"Por outro lado, na vertente organizacional defrontamo-nos com desafios ao nível da gestão de recursos humanos. A desmotivação, a desvalorização profissional, a necessidade de formação específica, as condições de trabalho, entre outras, estão no topo das preocupações da gestão", reconheceu a empresa, assegurando que tem "vindo a implementar algumas medidas que têm como objetivo melhorar a cultura organizacional, promover a resiliência e a proatividade".
Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Leiria, criados em 1933, são a entidade gestora do abastecimento de água e drenagem de águas residuais no concelho de Leiria.
"Os SMAS de Leiria possuem uma rede de abastecimento de água com 1.800 quilómetros de extensão (a maior rede de abastecimento de água do país), gerem 24 captações subterrâneas e 78 reservatórios", servindo "cerca de 66 mil clientes ao nível do abastecimento de água e cerca de 52 mil clientes ao nível da drenagem de águas residuais".
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