Politécnico de Coimbra pretende criar 750 novos alojamentos estudantis
O Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) anunciou hoje que a sua candidatura para a construção de duas novas residências estudantes e requalificação das já existentes passou para a segunda fase do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
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Casa PRR
A estratégia do IPC prevê a construção de duas novas residências, em Coimbra e em Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), com 400 e 100 camas, respetivamente, e a reabilitação de 350 alojamentos nas unidades já existentes junto à Escola Superior Agrária e Instituto Pedro Nunes, num investimento previsto de 15 milhões de euros.
A passagem à segunda fase do PRR é vista como uma "boa notícia" pelo presidente do IPC, Jorge Conde, já que, "face à exiguidade das residências, este é um sinal de que se pode ver aqui resolvido uma parte desse problema".
"Estamos cientes de que nada está decidido, mas estamos a trabalhar para continuar no processo e ver concretizada a construção das residências que agora candidatamos", disse o responsável.
Caso a candidatura não seja aprovada, Jorge Conde garantiu à agência Lusa que a instituição "não tem estrutura financeira" para avançar com a construção das residências.
"Apesar de uma gestão apertada, os excedentes orçamentais são poucos e nos últimos dois anos foram consumidos no combate à pandemia. Antes eram utilizados para reabilitar um ou outro edifício", explicou.
Segundo o presidente do IPC, se a candidatura se concretizar, a instituição consegue minimizar o problema da falta de residência estudantil, já que fica com "08 a 10% de camas do volume de alunos (11.500)".
"Com o atual número de bolseiros, o problema desses estudantes ficaria resolvido", sublinhou.
Em Oliveira do Hospital, no interior do distrito de Coimbra, "já não existem camas no mercado e a cidade não consegue aguentar o crescimento do polo do IPC, que nos últimos anos duplicou o número de alunos", frisou Jorge Conde.
Após terem sido recebidas 202 manifestações de interesse a nível nacional na primeira fase, foram selecionadas 154 propostas para a segunda fase do Programa Alojamento Estudantil a Custos Acessíveis, que vão apresentar a candidatura ao financiamento de 375 milhões de euros no âmbito do PRR.
O Programa Alojamento Estudantil a Custos Acessíveis vai permitir criar 14.222 novas camas nas residências para estudantes do ensino superior e reabilitar 6.501 já existentes.
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