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Soluções para casas vazias em Lisboa? Estas são as condições do programa

A Câmara Municipal de Lisboa e a Startup Lisboa lançaram a iniciativa Hackathome, que desafia os jovens universitários a apresentarem "soluções inovadoras, digitais e sustentáveis" para o problema da habitação na cidade, onde há 48 mil casas vazias.

Soluções para casas vazias em Lisboa? Estas são as condições do programa
Notícias ao Minuto

14:55 - 18/05/22 por Lusa

Casa Lisboa

"Lisboa tem mais de 48 mil casas vazias, que não estão a servir a sua função habitacional. Neste contexto, é urgente apelar ao conhecimento e dinamismo do ecossistema empreendedor para definir políticas públicas apoiadas na cocriação com os cidadãos", afirmou hoje a câmara municipal, num comunicado enviado após a apresentação pública da iniciativa.

Os jovens universitários têm de organizar uma equipa com três a cinco elementos para se candidatarem até à próxima terça-feira (24 de maio), através do 'site' oficial da iniciativa - https://www.hackathome.pt/ -, para que depois sejam selecionadas até 15 equipas, com diferentes perfis de tecnologia, gestão, engenharias ou arquitetura.

Os grupos terão como missão "pensar soluções digitais e sustentáveis (ao nível social, ambiental e económico) que possam ser implementadas na cidade para ajustar a oferta e a procura de habitação", segundo informação da câmara.

O evento Hackathome vai decorrer nos dias 28 e 29 de maio, no Hub Criativo do Beato, espaço de empreendedorismo e inovação gerido pela Startup Lisboa, incubadora de empresas na área da tecnologia, pretendendo ser "uma maratona de ideias tecnológicas, inovadoras e sustentáveis", em que os participantes terão 24 horas para idealizar "uma solução com base na tecnologia que combata os processos burocráticos e que simplifique o processo da informação sobre as casas vazias a quem quer comprar ou arrendar casa em Lisboa".

"A última etapa do programa é a apresentação da solução desenvolvida ao júri, composto por elementos da autarquia, da Startup Lisboa, parceiros e convidados", informou o município, referindo que serão atribuídos prémios monetários, nomeadamente 7.000 euros para o vencedor, 2.000 euros para o segundo lugar e 1.000 euros para o terceiro.

"Como dar uma nova vida às casas vazias em Lisboa?" é a pergunta subjacente ao desafio.

Na apresentação pública da iniciativa, a vereadora da Habitação, Filipa Roseta (PSD), disse que a colocação à disposição dos munícipes das 48 mil casas vazias na cidade "é uma missão urgente que precisa de respostas rápidas e à altura da era tecnológica" e que o envolvimento dos jovens neste desafio pretende "fazer com que esta geração participe na tomada de decisão", ao mesmo tempo que se beneficia da capacidade que têm de inovar tecnologicamente.

A Câmara de Lisboa encontra-se a trabalhar no processo de desenho da Carta Municipal de Habitação, a primeira a ser implementada no município, que está a ser desenvolvida em regime de cocriação com os cidadãos e que se prevê concluída no final deste ano.

Traçando o diagnóstico da crise de habitação em Lisboa, a arquiteta Margarida Maurício, do gabinete da vereadora Filipa Roseta, indicou que, com base nos dados disponíveis dos Censos 2021, das 320 mil casas identificadas na cidade, há um universo de 242 mil de residência habitual, a que acrescem 30 mil de residência secundária, chegando à "incógnita das 48 mil casas classificadas como vagas".

"É este potencial que queremos explorar com o Hackathome", reforçou Margarida Maurício.

Da empresa municipal SUR - Sociedade de Reabilitação Urbana, Marco Rodrigues realçou "a ausência generalizada de dados eficientes sobre o tema e a necessidade de promover uma cultura de inteligência urbana", destacando o papel dos jovens universitários na procura de soluções e na sensibilização para a temática da habitação.

A apresentação da iniciativa contou ainda com a presença do novo diretor executivo da Startup Lisboa, Gil Azevedo, bem como do representante da Microsoft Frederico Santos.

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