Câmara de Coimbra notificou 500 proprietários para limparem terrenos
A Câmara de Coimbra notificou este ano 500 proprietários que estavam em situação de incumprimento por falta de limpeza dos seus terrenos, afirmou hoje o vereador do município com a pasta da proteção civil.
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"Este ano, já emitimos 500 notificações a proprietários para limparem os seus terrenos", afirmou Carlos Lopes, que falava durante uma conferência de imprensa sobre a gestão de faixas de combustível no concelho, que decorreu na Mata Nacional de Vale de Canas.
O vereador notou que "os meios são escassos", mas que a autarquia está a assumir um "esforço adicional para notificar o maior número de pessoas possível".
O presidente da Câmara Municipal, José Manuel Silva, também presente na conferência, sublinhou que, apesar de Coimbra ser um concelho urbano, cerca de 48% do seu território é floresta.
"A floresta no concelho é mais importante do que se possa imaginar", notou, referindo que metade do território acaba por apresentar risco de incêndio, que tenderá a agravar-se face às alterações climáticas.
Durante a sua intervenção, o autarca realçou que é "preciso que as pessoas contribuam", sensibilizando a população para limpar os seus terrenos, nomeadamente nas freguesias mais expostas, como é o caso da União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades e das juntas de freguesia de Santo António dos Olivais, Ceira, Torres do Mondego e Brasfemes.
Segundo José Manuel Silva, em 2021, a autarquia (na altura com executivo liderado pelo PS) apenas executou cerca de 5% das ações programadas no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, cuja última revisão aconteceu em 2018.
Questionado pela agência Lusa sobre o porquê de tão baixa execução, José Manuel Silva disse desconhecer a razão.
Este ano, a autarquia já limpou cerca de sete quilómetros de caminhos florestais, dois quilómetros de faixas de gestão de combustível e 15 hectares de floresta.
"Não temos ainda ideia da percentagem que será executada este ano -- esses dados só teremos no final de julho -, mas a expectativa é de que seja mais do que 5%", frisou o presidente da Câmara de Coimbra.
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