Macedo de Cavaleiros vai substituir condutas para reduzir perdas de água
Macedo de Cavaleiros vai iniciar a substituição das condutas de abastecimento de água nas quatro aldeias com maiores problemas no concelho que, durante anos, liderou as perdas a nível nacional, informou hoje o município.
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Esta autarquia do distrito de Bragança conseguiu um milhão de euros, totalmente financiado pelo Fundo Ambiental, para começar a substituição das condutas da rede, que há várias décadas não é intervencionada.
As aldeias de Castelãos, Amendoeira, Vale da Porca e Cortiços "são as localidades com maiores problemas registados e por onde vai começar" o trabalho de renovação da rede de abastecimento à população, segundo a autarquia.
"Estamos a falar das quatro aldeias com mais problemas registados ao nível da perda e roturas de águas, pelo que faz todo o sentido que os trabalhos de substituição da rede tenham o seu início aqui", explica o vice-presidente, Rui Vilarinho.
Segundo o autarca, "esta vai ser uma intervenção de fundo e que irá ajudar a terminar com as perdas e fugas de água nestas quatro localidades macedenses".
O município de Macedo de Cavaleiros foi apontado, durante vários anos, como o que mais perdas de água registava em Portugal, e só no relatório de 2020 da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR) é que deixou de liderar este 'ranking'.
De acordo com Rui Vilarinho, "o concelho passou de perdas de água na ordem dos 84%, em 2016 e 2017, para valores de 68%, em 2020".
A aposta da autarquia é "no final deste ano reduzir estes valores para níveis abaixo dos 60%".
Para reduzir as perdas de água e roturas na rede, a autarquia tem vindo a realizar, nos últimos cinco anos, "um trabalho sustentado na monitorização de toda a rede de abastecimento de água".
"Temos apostado na instalação de medidores de caudal para identificar perdas e furtos de água e isso já nos trouxe resultados claros", salientou.
Rui Vilarinho reconhece que as perdas no concelho "ainda são muito avultadas" e o município continua a pagar água ao fornecedor (a empresa Águas do Norte) que não pode cobrar aos munícipes porque a mesma não chega às torneiras.
Estas perdas nas condutas de distribuição são atribuídas ao facto de a rede ser "muito antiga" e "durante décadas não foi alvo de qualquer investimento de modernização".
O vice-presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros afiançou que o trabalho para melhorar a situação vai continuar "com a extensão da substituição das condutas a outras aldeias do concelho".
Depois de conseguir a verba necessária para a intervenção nas quatro primeiras aldeias, o município adianta que vai continuar a candidatar os projetos que tem para a modernização de toda a rede a outros financiamentos.
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