Maioria das casas têm mais de 100m2. Tejo é "como uma 'barreira' natural"
Números mostram que o rio Tejo apresenta-se "quase como uma 'barreira' natural para distinguir os concelhos com alojamentos de maior área útil (a norte) dos que têm menor área útil (a sul)".
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A maioria dos alojamentos familiares de residência habitual tem mais de 100 metros quadrados (m2), de acordo com dados provisórios dos Censos 2021 do INE, disponíveis no sistema de geomarketing Sales Index da Marktest e na sua análise Atlas Social de Portugal.
Ao que indicam os mesmos dados, "existem em Portugal continental 2.027.577 alojamentos familiares clássicos de residência habitual com mais de 100 m2 de área útil".
"Este valor representa 51,2% do total de alojamentos familiares clássicos de residência habitual (que ascende a perto de quatro milhões)", pode ler-se no comunicado da Marktest.
Contudo, a proporção de alojamentos de maior área útil regista diferenças do ponto de vista geográfico: "A análise do mapa mostra como o rio Tejo se apresenta quase como uma 'barreira' natural para distinguir os concelhos com alojamentos de maior área útil (a Norte) dos que têm menor área útil (a Sul)".
Ainda assim, é um concelho alentejano que apresenta maior proporção de alojamentos com maior área útil: em Mourão 77,9% destes alojamentos têm mais de 100 m2. Em Oliveira do Bairro e Miranda do Douro essa proporção atinge os 74% e em 10 outros concelhos também supera os 70%.
Do lado oposto, o concelho da Amadora é o que apresenta uma menor proporção de alojamentos com maior área útil: apenas 24,7% dos seus alojamentos têm mais de 100 m2. Nos concelhos de Moita e Barreiro este valor situa-se nos 30% e em nove outros concelhos não atinge os 40%.
"Nos 278 concelhos do Continente, os alojamentos com mais de 100 m2 são maioritários em 220 concelhos, enquanto em 56 concelhos não atingem 50% do total. Em Marvão e Alijó existe o mesmo número de alojamentos acima ou abaixo desta área útil", pode ainda ler-se.
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