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Alcanena muda estratégia de habitação e aposta na reabilitação

A Câmara de Alcanena, no distrito de Santarém, alterou a Estratégia Local de Alojamento, que passou a contemplar exclusivamente a reabilitação de habitações, disse o presidente do município.

Alcanena muda estratégia de habitação e aposta na reabilitação
Notícias ao Minuto

16:59 - 02/09/22 por Lusa

Casa Habitação

Rui Anastácio (coligação PSD/CDS/MPT) disse à agência Lusa que o concelho, onde residem cerca de 12.500 pessoas, tem "mais de mil imóveis devolutos", tendo o município iniciado o processo de aquisição de alguns deles, com os projetos de reabilitação atualmente a serem preparados.

"Alterámos a Estratégia Local de Habitação para objetivos bem mais ambiciosos", disse o autarca, salientando que o documento anterior previa 57% de reabilitação e os restantes para construção de raiz.

"Neste momento, todas as soluções habitacionais são 100% reabilitação porque temos os cascos a ficarem desertos, a caírem. A estratégia tem de ser reabilitar, reabilitar, reabilitar", declarou.

O município tem candidaturas no âmbito do programa 1.º Direito, destinado a pessoas a viver em condições indignas, e da habitação a custos controlados, para a fixação de casais jovens num concelho que tem vindo a perder população nas últimas décadas e que não tem oferta no mercado de arrendamento.

No âmbito do 1.º Direito, com um acordo assinado que prevê investimentos da ordem dos 6,7 milhões de euros (3,2 milhões a fundo perdido), Alcanena tem aprovadas candidaturas para reabilitação de dois bairros sociais, estando em fase de aprovação a de uma instituição particular de solidariedade social e outras em preparação, disse.

Rui Anastácio afirmou que, na cerimónia que o executivo municipal vai realizar no sábado, no âmbito da estratégia para atrair investimento, criar emprego e fixar pessoas no território, vai voltar a apelar a "quem tem algum capital" que reabilite casas no concelho e as coloque no mercado.

"Tem de ser um trabalho do público e do privado" para se inverter a falta de oferta de casas para arrendar, disse, dando nota de "alguns bons sinais", com o número de processos de obra entrados nos serviços municipais a crescer 50% no primeiro semestre deste ano.

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