Obras licenciadas para habitação estabilizam (e fogos novos sobem 2,8%)
As obras licenciadas pelas autarquias para habitação estabilizaram nos primeiros nove meses deste ano em termos homólogos, enquanto os fogos novos licenciados aumentaram 2,8% e o consumo de cimento subiu 1,9%, divulgou a AICCOPN.
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Casa AICCOPN
De acordo com a 'Síntese Estatística da Habitação' da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), "no que concerne ao licenciamento pelas câmaras municipais de obras para construção nova ou reabilitação de edifícios residenciais verifica-se uma estabilização nos primeiros nove meses do ano, apurando-se uma variação de apenas -0,5%, em termos homólogos".
Já no que concerne ao número de fogos licenciados em construções novas, regista-se um acréscimo homólogo de 2,8%, para um total de 22.774 desde o início do ano.
Até ao terceiro trimestre de 2022, os dados da AICCOPN apontam que foram consumidas 2.922 milhares de toneladas de cimento no mercado nacional, o que traduz um aumento de 1,9%, face ao mesmo período do ano passado.
Relativamente ao novo crédito para aquisição de habitação concedido pela banca, nos primeiros nove meses do ano ascendeu a 12.276 milhões de euros, o que corresponde a uma subida homóloga de 8,9%.
"De igual modo, assiste-se a um aumento no 'stock' de crédito à habitação detido pelas instituições financeiras, que em setembro apresenta uma variação de 4,1%, em termos homólogos", nota a associação.
No mês de setembro, o valor mediano da avaliação de habitação para efeitos de concessão de crédito fixou-se em 1.429 euros por metro quadrado, em resultado de taxas de crescimento homólogo de 16,2% nos apartamentos e de 13,8% nas moradias.
Analisando a evolução na região Centro, o número de fogos licenciados em construções novas nos 12 meses terminados em setembro de 2022 foi de 5.947, o que traduz um aumento de 8,5% face aos 5.481 alojamentos licenciados nos 12 meses anteriores.
Destes, 11,5% eram de tipologia T0 ou T1, 21,1% de tipologia T2, 51% de tipologia T3 e 16,4% de tipologia T4 ou superior.
Quanto ao valor de avaliação bancária na habitação verificou-se, nesta região, uma variação homóloga de 13,6% em setembro.
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