ANPAC pede ao Governo que estimule eficiência energética dos edifícios
A Associação Nacional dos Profissionais de Administração de Condomínios (ANPAC) pediu hoje ao Governo uma interação "mais ágil para melhor adequação de fundos e mecanismos para estimular a eficiência energética dos edifícios".
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Casa ANPAC
"A esmagadora maioria dos programas de apoio à eficiência energética de edifícios destina-se a pessoas singulares, excluindo os condomínios dos seus benefícios. Contudo, são precisamente os condomínios que desempenham o papel mais importante para a implementação destes mecanismos", afirmou a associação num comunicado hoje divulgado.
Segundo a ANPAC, os condomínios "podem centralizar os processos de procura de soluções e de decisões, em matéria de investimentos para melhorar a eficiência energética dos imóveis".
A associação argumenta que os maiores níveis de consumo "ocorrem nas grandes cidades e aglomerados populacionais, especialmente nos edifícios em propriedade horizontal".
Nesse cenário, e face à crise energética a nível global, a ANPAC assinala que a eficiência é "uma preocupação intuitiva dos profissionais da administração de condomínio".
Apesar de saudar os programas de apoio à eficiência energética criados no âmbito das políticas ambientais do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a ANPAC "entende que se pode ir mais longe".
O presidente da associação, Alexandre Teixeira Mendes, afirma que a implementação de medidas e programas "está condicionada aos limitados recursos dos condomínios e a quóruns e deliberações unânimes, que dificilmente acontecem".
"Para impulsionar um avanço considerável em termos de descarbonização dos edifícios e melhoria significativa da sua eficiência energética, os condomínios deverão ser considerados e elegíveis para os programas já em vigor", acrescentou.
"Sabemos que a descarbonização dos edifícios ainda tem um longo caminho a percorrer, no país. Contudo, existem pontos de viragem e creio que este é o momento de unirmos esforços e atuar em conjunto para que os mecanismos de apoio que estão a ser disponibilizados e criados se ajustem às atuais necessidades do mercado e às expectativas da população", concluiu Alexandre Teixeira Mendes.
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