Câmara de Coimbra vai fazer auditoria aos serviços de habitação social
A Câmara de Coimbra vai fazer uma auditoria aos serviços habitação social do município nos últimos doze anos, após pedido do PS para que a mesma avance.
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No início da reunião do executivo de hoje, a vereadora do PS Regina Bento afirmou que pediu formalmente a realização de uma auditoria externa, independente, aos serviços de habitação social do município que abranja os últimos 12 anos de atividade.
"Naturalmente, peço aos serviços que ponham em andamento o pedido de auditoria de 12 anos aos serviços de habitação social da Câmara de Coimbra. É para desenvolver e cumprir o mais rapidamente possível", afirmou o presidente do município, José Manuel Silva, eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Volt/RIR/Aliança).
A vereadora socialista questionou também o ponto de situação da execução das ações previstas no programa 1.º Direito e se será necessário alterar o acordo assinado pelo anterior executivo.
Em resposta, a vereadora com o pelouro da habitação social, Ana Cortez Vaz, referiu que considera que a estratégia local de habitação de Coimbra "tem graves lacunas", estando a autarquia a preparar uma revisão do documento que deverá ser colocada em discussão pública no primeiro trimestre de 2023.
Também em relação ao 1.º Direito, deverá haver uma revisão do acordo, avançou.
Na reunião de Câmara, foi aprovada uma proposta de novo tarifário de resíduos urbanos, que aumenta para mais do dobro a taxa de gestão de resíduos (TGR) para 2023, imposto pelo quadro legal da entidade reguladora.
Segundo o documento que foi à reunião do executivo, para um consumo mensal de dez metros cúbicos de água terá um acréscimo de 64 cêntimos face às tarifas praticadas em 2022.
O executivo aprovou também, com um voto contra da CDU, uma alteração do traçado do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) na rua General Humberto Delgado e rua D. João III, na Solum.
A alteração adota um "perfil menos intrusivo" do traçado, com a redução de uma das vias de circulação automóvel, no sentido oeste-este, ficando também prevista a plantação de mais árvores, numa proposta que abre a possibilidade de introduzir uma ciclovia naquela zona.
No período antes da ordem do dia, José Manuel Silva aproveitou a época natalícia para pedir "três prendas": um maior apoio do Governo às autarquias; uma resposta do Ministério da Justiça às reivindicações da autarquia nesse campo; e um IP3 (estrada que liga Coimbra a Viseu) com "quatro faixas de qualidade e segurança rodoviária em toda a sua extensão".
Sobre os riscos de cheias na cidade, José Manuel Silva voltou a defender a construção da barragem de Girabolhos (a montante da barragem da Agueira), criticando o Governo por ter suspendido esta obra.
"Sem essa barragem, voltaremos a ter cheias catastróficas. Espero que, rapidamente, retomem a construção da barragem de Girabolhos", defendeu, considerando que com o rio Mondego regularizado não será necessário intervir no rio Ceira, que poderá continuar a ser um "rio selvagem e natural".
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