Nómadas digitais em Portugal: Conheça a nova tendência profissional
O nomadismo digital é um conceito que começou a aparecer antes da pandemia, mas que ganhou força com o fenómeno. Trabalhando remotamente e podendo estar localizados em qualquer parte do mundo, os nómadas digitais representam hoje uma boa fatia da população. Em Portugal, inclusive, foi recentemente criado um visto direcionado a estes trabalhadores. Leia neste artigo o que significa o nomadismo digital e como funciona em Portugal.
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O que é o nomadismo digital?
O nomadismo digital reflete um estilo de vida surgido no século XXI, para os trabalhadores que não possuem uma residência fixa e trabalham de qualquer local utilizando a internet.
Ou seja, ser nómada digital implica trabalhar remotamente, sem necessitar de se deslocar a uma base fixa, como um escritório.
Se uma empresa permitir o trabalho remoto, é possível que o trabalhador se torne num nómada digital. Podendo trabalhar em qualquer ponto do país ou fora.
Novo visto português para nómadas digitais: Como funciona?
Em outubro de 2022, entrou em vigor um novo visto destinado a nómadas digitais que quisessem trabalhar em Portugal remotamente. O visto de estada temporária e de autorização de residência para nómadas digitais é direcionado a cidadãos que se situem fora da União Europeia e do Espaço Económico Europeu e terá a duração máxima de um ano.
Até ao momento, os vistos que os nómadas digitais solicitavam era o de turista ou o modelo D7, destinado, especialmente, a reformados que quisessem vir morar para Portugal.
Este visto vem também ajudar as empresas cujos trabalhadores são nómadas digitais, porque ao permitir que os seus colaboradores trabalhem de Portugal, legalmente ficam protegidos em termos de impostos.
O visto pode ser requerido nos consulados portugueses ou no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), mas mediante alguns requisitos.
Para ter acesso a este visto, é necessário:
- Um comprovativo de residência fiscal;
- Contrato de trabalho, promessa de contrato de trabalho, ou declaração da empresa a comprovar o vínculo laboral;
- Prova de rendimentos mensais médios dos últimos três meses equivalente, no mínimo, a quatro remunerações mínimas mensais garantidas. Ou seja, tendo em conta o valor do salário mínimo nacional (760 euros), 3.040 euros por mês.
Quanto aos trabalhadores independentes, além do comprovativo de residência e do comprovativo de rendimentos mensais dos últimos três meses de valor mínimo igual a quatro remunerações mínimas mensais garantidas, têm ainda de apresentar um contrato de sociedade, contrato de prestação de serviços ou proposta de contrato de prestação de serviços.
DNA: Conheça a Digital Nomads Association Portugal
A Digital Nomads Association Portugal (DNA) é a primeira associação portuguesa dirigida a nómadas digitais, surgindo a 12 de agosto de 2022.
O objetivo da DNA é promover hubs, eventos, comunidades e destinos com condições para o trabalho remoto, para atrair este tipo de trabalhadores de todo o mundo para terras lusas. O trabalho é desenvolvido com o governo, municípios e alguns parceiros.
Considerando que 30% da população europeia pode, atualmente, trabalhar remotamente, a DNA tem como propósito atrair trabalhadores com salários elevados para as cidades, vilas e aldeias mais pequenas de Portugal. Pelo que, segundo a associação, preparando as localidades para receber estes trabalhadores remotos, advém uma economia mais dinâmica, dinheiro para a economia e mobilidade social.
Portugal é já um dos destinos prediletos dos nómadas digitais, mas como destaque está Lisboa e Porto. Por isso, a DNA pretende descentralizar o impacto económico e social nestas cidades e espalhar as oportunidades do trabalho remoto pelo país. A Madeira é um bom exemplo, sendo que, para a Ponta do Sol, uma vila de 8 mil habitantes, no primeiro ano foi possível atrair mais de 6 mil nómadas, angariando um impacto de 30 milhões de euros.
Conheça vilas para nómadas digitais em Portugal
Ponta do Sol – Madeira
A Ponta do Sol é o maior ponto de destaque em Portugal para nómadas digitais, pois constitui uma vila que atrai milhares de trabalhadores. O projeto, instaurado na Ilha da Madeira, foi criado pelo governo através do projeto Digital Nomads Madeira Islands, que envolve ainda outras cidades.
O objetivo do projeto foi integrar trabalhadores remotos de outros pontos do mundo, com locais. A vila garante um espaço gratuito e preparado para que os nómadas digitais possam trabalhar das 9 às 18 horas, tendo ainda acesso a diversos eventos que são dinamizados.
Outside – Ericeira
A Ericeira, pela beleza das suas praias e lar de várias competições de surf, tem sido também uma cidade onde se refugiam alguns nómadas digitais.
Por isso, a empresa de locação global Outside oferece um serviço personalizado na Ericeira a este tipo de trabalhadores.
Czar Lisbon Hotel – Lisboa
Lisboa, a capital do país, é também onde se tem instalado a maior parte dos nómadas digitais. Pelo que vários hóteis têm aumentado a sua oferta e criado programas direcionados a estes trabalhadores.
Um dos exemplos é Czar Lisbon Hotel, que configura um programa de desconto dedicado aos nómadas digitais, desde que estes reservem, pelo menos, 7 noites.
Placid Village – Algarve
A Placid Village situa-se em Carvoeira, uma aldeia no Algarve e destina-se a nómadas digitais que priorizem as praias e paisagens.
Garantem as condições para o trabalho remoto e oferecem descontos, também mediante a quantidade de noites reservadas.
Selina – Alentejo
No Alentejo, tem ainda a cadeia de hotéis Selina, como a Selina Vila Nova, com uma vista de cortar a respiração. Localiza-se no centro de Milfontes, com uma vista panorâmica sobre o Rio Mira.
Para nómadas digitais, garante um programa de 6 noites num quarto privado standard, dando acesso à cozinha comunitária para cozinhar as suas refeições. E assegura ainda um espaço de coworking com 16 lugares, sala de reuniões, um terraço e aulas de yoga e tai chi, sala de cinema, cozinha comunitária e biblioteca.
Comprar casa e assentar poeiras em Portugal
E quantos não são aqueles que vêm a Portugal e se apaixonam? É um país que tem tendência a fazer com que as pessoas fiquem. Desde turistas a nómadas digitais.
Os pontos atrativos do nosso país, como as praias, o clima ameno, a gastronomia, as paisagens, os baixos preços, a história, a segurança, podem fazer com que alguém se renda.
Por isso, para muitos é uma possibilidade assentar poeiras em Portugal e cá criar raízes. Nestes casos, pode então fazer sentido a compra de uma casa.
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