Câmara do Porto Santo anuncia redução de IMI a particulares
A Câmara Porto Santo anunciou hoje vai reduzir as taxas do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e pretende colmatar a diminuição de receitas cobrando aquele imposto à Sociedade de Desenvolvimento, Aeroporto e unidades hoteleiras que têm estado isentas.
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A redução do IMI foi um dos pontos da reunião do executivo autárquico, de maioria do PS, tendo Filipe Menezes, presidente da Câmara Municipal, considerado que as taxas em vigor "oneram o custo de vida dos munícipes e são uma penalização e um castigo severo".
"Propus à câmara que delibere que sejam reduzidas as taxas para os prédios urbanos, em vez de 0.8 passar a vigorar 0.7, e os avaliados em vez de 0.5 terem uma taxa de 0.4", disse o autarca à agência Lusa.
Para Filipe Menezes, "no fundo há aqui uma maior adequação das taxas, uma maior proporcionalidade e equidade fiscal que vai desafogar as famílias do pagamento de impostos exagerados que não encontravam sequer abrigo na justiça fiscal pretendida".
O autarca adiantou que esta redução, cuja proposta será submetida a votação na Assembleia Municipal, podendo entrar em vigor no próximo ano, não deverá ter influência no orçamento do município, porque pretende "reclamar IMI a Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo, ao aeroporto, às unidades hoteleiras e outras empresas que têm estado isentas".
Esta medida "não irá por em causa o princípio da estabilidade orçamental e o equilíbrio das contas", podendo mesmo o município "chegar a uma situação de haver mais fontes de receita".
O responsável destacou ainda o "excelente" relacionamento que a Câmara do Porto Santo mantém com o Governo da República e a Secretaria de Estado da Administração Local e anunciou, também, que a autarquia pretende rever o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), até porque, "já não constando da lista dos 10 municípios mais endividados", está a cumprir todos os compromissos.
Filipe Menezes mencionou que a câmara do Porto Santo poderá ser obrigada a devolver ao Estado 500 mil euros do dinheiro que recebeu de um "contrato ruinoso", celebrado com base no PAEL, entre o executivo anterior e a Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo, relativo ao arrendamento das instalações da câmara, na ordem dos 11 milhões de euros.