Mafra aplica taxa máxima de IMI pelo segundo ano consecutivo
A Câmara de Mafra (PSD) vai aplicar pelo segundo ano consecutivo a taxa máxima do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em 2015, após a proposta aprovada esta noite pela Assembleia Municipal.
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A proposta de manutenção da taxa em 0,5% para os prédios urbanos, a taxa máxima prevista por lei, a que a agência Lusa teve acesso, mereceu os votos contra do Bloco de Esquerda, CDS-PP, CDU e PS, tendo sido aprovada pela maioria social-democrata.
Da esquerda à direita, a oposição defendeu que a taxa máxima "é penalizadora" para as famílias do concelho que, em 2014, viram o valor das suas casas "superinflacionado" em resultado das reavaliações e o IMI aumentado, além de sujeitas à carga fiscal existente no país.
O presidente da câmara, Hélder Silva (PSD), justificou que não há condições para baixar o IMI face a 2013.
Apesar dos aumentos máximos, a taxa de cobrança mantêm-se, à semelhança dos anos anteriores, nos 93%, explicou o autarca, para adiantar que não subiram até agora os casos de não pagamento do imposto.
Até agosto, o município arrecadou 10,7 milhões de euros, depois de o município ter decidido aplicar em 2014 a taxa máxima de 0,5%.
A medida permitiu aumentar as receitas da autarquia, já que em 2013 tinha arrecadado menos receita, 9,9 milhões, em resultado da aplicação da taxa mínima, 0,3%.
Em 2012 e 2011, anos em que a taxa foi superior à de 2013, a autarquia recebeu a receita de, respetivamente, 11,4 milhões e 10,6 milhões.