PSD/Porto defende redução do IMI e critica Rui Moreira
A concelhia do PSD/Porto defendeu hoje uma redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para atrair residentes para o Porto e criticou os dois anos de mandato do autarca independente Rui Moreira pela falta de "objetivos e consistência".
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Em comunicado, Miguel Seabra, presidente daquela estrutura social-democrata, nota que o balanço da gestão do presidente da Câmara do Porto, que na quinta-feira assinalou dois anos sobre a tomada de posse, "está muito abaixo do que o Porto merecia, bem como das expectativas criadas aos portuenses.
"Falta-lhe atingir objetivos e consistência, apesar de sobrar em propaganda e charme", critica o PSD, chamando a atenção para a necessidade de captar novos moradores para o concelho através de uma redução do IMI, porque uma cidade não é apenas feita de "concertos, festivais e festarolas".
"Quando a Câmara pode usar algumas ferramentas para contrariar este drama [da falta de pessoas], rejeita-as, por exemplo, sendo contra a proposta que o PSD apresentou para aliviar o peso do IMI nos orçamentos familiares, tal como dezenas de outros municípios já fizeram", alerta o PSD/Porto.
Os social-democratas demonstram-se "atónitos com as recorrentes e deselegantes críticas e afrontas à anterior política cultural, que implicam diretamente a anterior vereadora com esse pelouro", ou seja, a "atual vice-presidente de Rui Moreira", Guilhermina Rego.
"Tal só demonstra a inconsistência do executivo enquanto equipa solidária", destaca o PSD.
A par disso, o PSD lamenta "o despesismo evidenciado na política global do pelouro da Cultura, com o orçamento total do ano e com o orçamento anual do Rivoli ultrapassados ainda no primeiro semestre".
Os sociais-democratas lamentam que tal seja feito "à custa do pagamento pela própria Câmara da produção e da bilheteira", notando que tal consiste num "regresso ao vício subsidiário da então Culturporto [entidade que geria o Teatro Rivoli antes de ser extinta pelo anterior presidente da autarquia portuense, o social-democrata Rui Rio]".
Para o PSD, esta atuação mostra também "um claro desrespeito pelo rigor na gestão dos dinheiros públicos, em que todos os contribuintes são chamados a pagar os esdrúxulos desejos e prazeres de uma pequena minoria mediaticamente protegida".
No comunicado, o PSD/Porto reprova também "o excessivo poder pessoal e político de Manuel Pizarro" (vereador do PS, com quem o independente Rui Moreira assinou um acordo pós-eleitoral).
Para o PSD, a criação de "uma entidade incaracterística apelidada de Frente Atlântica" traduz-se numa "afronta e consequente enfraquecimento político da Área Metropolitana do Porto" e os " recentes conflitos com a Entidade Regional de Turismo Porto e Norte e com alguns municípios do Norte" mostram "um pedantismo feio e desagradável".
O PSD critica o "clima de afronta e suspeição criado sistematicamente à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte" e a "evidente partidarização, através do PS, das empresas municipais Porto Lazer, Domus Social e das Águas do Porto".
"A recuperação do Mercado do Bolhão ainda não saiu do papel, é uma simples maquete para «fogo-de-artifício» mediático, apesar das solenes promessas feitas pelos candidatos Rui Moreira e Manuel Pizarro em campanha eleitoral. O apregoado «Centro de Congressos» transformou-se numa "narrativa" sem qualquer consistência e envolvido numa (mais uma) completa trapalhada política e legal", aponta ainda o PSD.