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Concessão de crédito mantém-se "consideravelmente restritiva"

Um inquérito levado a cabo pelo Banco de Portugal, no primeiro trimestre de 2013, revela que os critérios de concessão de crédito, aplicados nos empréstimos a empresas e particulares, foram “consideravelmente restritivos”.

Concessão de crédito mantém-se "consideravelmente restritiva"

“As condições monetárias e financeiras da economia portuguesa permaneceram consideravelmente restritivas no primeiro trimestre de 2013, mas não se agravaram relativamente ao trimestre anterior”, indica um relatório publicado hoje no site do Banco de Portugal.

O inquérito realizado pelo regulador aponta também que, “de um modo geral, os critérios de concessão de crédito e as condições aplicadas aos empréstimos a empresas e a particulares permaneceram praticamente inalterados, existindo, contudo, evidência de uma ligeira diminuição da restritividade no que se refere aos empréstimos ou linhas de crédito a pequenas e médias empresas (PME's)”, pode ler-se no documento.

Outra das conclusões do relatório é a existência de uma relativa estabilização da procura de empréstimos por parte das empresas e dos particulares, no caso dos empréstimos para consumo e outros fins, e o Banco de Portugal destaca ainda o facto de se observar “uma ligeira diminuição no caso dos empréstimos para aquisição de habitação”.

Saliente-se que o inquérito foi feito junto de cinco grupos bancários portugueses, tendo todos eles apontado “alguns factores conducentes a um ligeiro aumento da restritividade, sendo de salientar as expectativas menos favoráveis para a actividade económica em geral, a deterioração das perspectivas para sectores de actividade ou empresas específicas (no caso dos empréstimos a empresas), a deterioração das perspectivas para o mercado da habitação (no caso dos empréstimos a particulares para habitação) e a diminuição da capacidade dos consumidores para assegurarem o serviço da dívida (no caso dos empréstimos a particulares para consumo e outros fins)”.

Por outro lado, “e ainda que com menor intensidade do que em trimestres anteriores, alguns bancos continuaram a reportar um aumento dos spreads aplicados aos empréstimos de maior risco, em todos os segmentos de crédito analisados”, com excepção dos spreads aplicados a empréstimos de risco médio, no caso dos empréstimos ou linhas de crédito a PME’s, que registaram uma “ligeira diminuição da restritividade reportada”.

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