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Governo anuncia investimento para eficiência energética em edifícios

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, anunciou hoje na Assembleia da República o lançamento esta semana de uma linha de investimento de 100 milhões de euros para eficiência energética em edifícios públicos.

Governo anuncia investimento para eficiência energética em edifícios
Notícias ao Minuto

18:32 - 28/09/16 por Lusa

Casa Caldeira Cabral

"Esta linha de investimento de 100 milhões de euros que vamos lançar ainda esta semana, para investir em eficiência energética em edifícios públicos, é investimento público que melhora a eficiência energética no setor público, que não só cria emprego, cria atividade económica, contribui para uma melhoria ambiental e de saúde, mas é um investimento que vai ter efeitos positivos na diminuição da despesa corrente", afirmou Caldeira Cabral.

O ministro da Economia frisou que estas verbas do programa operacional sustentabilidade e eficiência no uso de recursos (PO SEUR) foram desbloqueadas pela União Europeia depois da transposição de uma diretiva.

"A União Europeia estava à espera há mais de um ano e estava à espera porque esse trabalho não foi feito, com várias tentativas do anterior Governo, que foram rejeitadas. Nós em quatro meses conseguimos resolver esse problema que se arrastava há mais de um ano e agora estas verbas estão disponíveis", afirmou.

Manuel Caldeira Cabral falava no encerramento de um debate de urgência convocado pelo PSD sobre captação de investimento e crescimento económico.

O debate ficou marcado pelas acusações de PSD e CDS-PP de que o crescimento está abaixo do previsto até pelo próprio Governo e que o investimento público é uma das variáveis que mais contribui para esse cenário.

Luís Leite Ramos, do PSD exibiu a capa de um livro intitulado "Como mentir com a estatística", acusando o PS de manipular dados contrair o crescimento incipiente.

"Crescer abaixo da França é obra, é obra socialista!", afirmou.

O deputado e ex-ministro do CDS -PP Mota Soares defendeu que "o investimento público que devia crescer está a cair mais de 11%", acusando o executivo de, no setor privado, "arrasar com a confiança" necessária ao investimento, exemplificando com o aumento no IRC e um novo imposto imobiliário que venha a ser inscrito no Orçamento do Estado para 2017.

"Numa linguagem que qualquer socialista percebe: Isto é muito poucochinho", afirmou, sublinhando que a economia cresce abaixo das previsões do Governo.

Pelo lado do PS e dos partidos que apoiam o atual executivo, a linha de argumentação foi a de que PSD e CDS-PP "querem passar uma esponja sobre os maus resultados" da sua própria governação, conforme afirmou a deputada socialista Hortense Martins.

"Vem exigir a este Governo que apenas tem 10 meses que, de repente, faça o milagre da recuperação da economia", afirmou.

Paulo Lino Ascensão, do BE, defendeu que "a fiscalidade determina que tipo de investimento deve ser favorecido", argumentando que "um imposto sobre grandes fortunas favorece crescimento" e não a especulação.

"A redistribuição de riqueza deve ser feita no momento em que a riqueza é criada, com salários e sistema fiscal justo, porque se não nunca mais é redistribuída", acrescentou.

O deputado comunista Bruno Dias afirmou que "o investimento privado caiu em termos reais perto de 25% nos governos PSD e CDS", considerando que a realidade desmascara a "inacreditável hipocrisia de PSD e CDS que passaram de inimigos do investimento público no Governo a campeões do investimento público na oposição".

"O que debate de hoje veio evidenciar é crucial da titularidade pública de empresas estratégicas e infraestruturas fundamentais da economia", afirmou.

José Luís Ferreira, de "Os Verdes" alertou para a dívida pública que criar obstáculos ao investimento, reiterando a necessidade de "renegociação da dívida" que possa canalizar investimento para a economia.

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