Euribor baseada em transações reais "não é viável"
O Instituto Europeu dos Mercados Monetários (EMMI, na sigla em inglês) concluiu que, face às atuais condições do mercado, não é viável evoluir para uma Euribor totalmente baseada em transações reais, apontando para o desenvolvimento de uma solução híbrida.
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Casa EMMI
Esta conclusão foi hoje divulgada, depois de o EMMI ter conduzido um exercício de simulação da taxa interbancária entre setembro de 2016 e fevereiro de 2017, que contou com os dados das transações deste indexante do crédito feitas por 31 bancos de 12 países.
Segundo o EMMI, a Autoridade dos Mercados e Serviços Financeiros belga (FSMA) analisou o exercício e concordou com as suas conclusões.
"Continuamos empenhados em reformar a metodologia para ancorar a Euribor nas transações reais do mercado até à medida do possível", realçou o secretário-geral do EMMI, Guido Ravoet, revelando que durante os próximos meses vai focar a sua atividade no desenvolvimento de uma "metodologia híbrida", capaz de se adaptar às condições que prevalecem no mercado e adequada para todas as situações.
O EMMI - que gere e divulga as taxas Euribor - foi fundado em 1999, por ocasião do lançamento do euro, e tem base em Bruxelas, sendo constituído pelas associações de bancos dos Estados-membros da União Europeia.