Arrendamento. Novas políticas são "positivas", mas "insuficientes"
Romão Lavadinho explica que é necessário uma revogação da lei, mas salienta que as propostas apresentadas são "positivas".
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Casa AIL
O presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses (AIL), Romão Lavadinho, disse esta segunda-feira que as políticas que têm sido apresentadas para o mercado da habitação são positivas, mas refere que é importante que a lei, que permite que os inquilinos sejam despejados após terminado o prazo do contrato, seja revogada.
“Vejo as novas políticas como positivas, mas naturalmente que são insuficientes (…) Tem de haver uma alteração da Lei”, disse Lavadinho em declarações à RTP3.
Questionado sobre a precariedade dos contratos, Romão Lavadinho explica que "a situação é sempre precária a partir do momento em que o contrato tem um prazo, porque no final o proprietário pode fazer o que bem entender".
O responsável pelos inquilinos explica que terminado o contrato os proprietários podem subir os preços ou rescindir contrato.
“Hoje a procura é muito maior do que a oferta. Por exemplo, em Lisboa hoje um T1 ou T0 custa entre 1.000 e 1.100 euros” o que "não é suportável" para um casal mesmo que ganhe "mais do que o salário mínimo", explicou.