"Figura marcante". Marcelo recorda Bartolomeu Costa Cabral
O Presidente da República manifestou "pesar" pela morte do arquiteto.
© Andrew Kravchenko/Bloomberg via Getty Images
Cultura Arquitetura
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou "pesar" pela morte de Bartolomeu Costa Cabral, "figura marcante do modernismo arquitetónico português".
"Depois de concluir os estudos na ESBAL, Costa Cabral trabalhou no atelier de Nuno Teotónio Pereira, com quem projetou, na década de 1950, o Bloco das Águas Livres, edifício icónico da cidade de Lisboa, e exemplo de uma certa ideia de cidade aberta", começou por recordar a Presidência da República numa nota publicada na sua página oficial.
Marcelo Rebelo de Sousa destacou "os numerosos edifícios ligados ao ensino, de escolas primárias a universidades, em Lisboa, Sintra, Tomar, Covilhã ou Guimarães, bem como a habitação social, em colaboração com Teotónio Pereira e Nuno Portas".
"Os seus pares elogiavam-lhe a preocupação com a noção de cidade, não de unidade estanque, o que talvez explique que uma exposição comemorativa, em 2019, escolhesse como título a bela expressão 'a ética das coisas'", continuou a Presidência, recordando que Costa Cabral recebeu do Presidente da República as insígnias de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em 2022.
Bartolomeu Costa Cabral morreu no sábado, aos 95 anos, em Lisboa.
Do seu percurso, destaca-se também uma relevante atividade sindical, ao ter sido membro da direção do Sindicato Nacional dos Arquitetos e da direção da secção portuguesa da União Internacional de Arquitetos.
Entre os principais trabalhos de Bartolomeu Costa Cabral, a Ordem lembrou ainda a Escola Primária do Castelo (Lisboa, 1960), a estação do metropolitano da Quinta das Conchas (1998-2002) e os blocos de habitação social dos Olivais (Lisboa, 1961, com Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas).
Bartolomeu Costa Cabral recebeu vários prémios ao longo da carreira, como o prémio Eugénio dos Santos, em 1997 (com Nuno Teotónio Pereira pela remodelação do Teatro Taborda, em Lisboa), o prémio de arquitetura Raul Lino, em 1978 (pela agência da CGD de Sintra), a menção honrosa do prémio Valmor, em 2009 (habitação individual na Travessa da Oliveira, em Lisboa), e foi distinguido como Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (2022).
[Notícia atualizada às 19h49]
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