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"Jogadores foram gigantes, tiveram uma capacidade de trabalho incrível"

Treinador adjunto de Sérgio Conceição congratulou os jogadores do FC Porto pela conquista da Taça de Portugal.

"Jogadores foram gigantes, tiveram uma capacidade de trabalho incrível"
Notícias ao Minuto

23:33 - 01/08/20 por Notícias Ao Minuto

Desporto Vítor Bruno

Vítor Bruno, treinador adjunto de Sérgio Conceição no FC Porto, compareceu na zona de entrevistas rápidas e congratulou os jogadores os azuis e brancos pela conquista da Taça de Portugal, demonstrando-se satisfeito com a exibição realizada pela sua equipa.

Expulsões e vitória do FC Porto: Foi uma época atípica, com muitas nuances que nos fizeram readaptar. A tal maldita doença que condicionou a nosso dia a dia. Neste momento não haverá muito falar sobre o jogo, que dominámos, à exceção dos últimos minutos. Temos de destacar os valores do grupo, que encarnou o povo do norte, um povo que nunca vira a cara à luta.

Demonstração de caráter: O caráter está presente no dia a dia. Os jogadores foram gigantes, tiveram uma capacidade de trabalho incrível em circunstâncias sobre as quais não vale a pena estar aqui a falar. Foi difícil mas, no fim, valeu a pena. Há uma relação muito forte no FC Porto entre adeptos, treinador e jogadores. Se sem os adeptos já era difícil, sem o treinador principl mais difícil se tornou. Sobraram aqueles 11 heróis que estavam no campo, além dos que estavam na bancada e que muito contribuíram.

Momento da expulsão de Conceição: Se houver câmeras a apontar para o nosso banco, verão o que aconteceu. Eu estava numa zona recuada e não vi absolutamente nada, com exceção de uma reação a uma falta que é marcada num jogo decisivo. O amarelo pareceu-nos demasiado forçado. Reação? É preciso perceber o contexto, o tipo de jogo em que estávamos, faltou sensibilidade para se perceber isso. A forma como os árbitros verbalizam o que querem  passar para os bancos roça um pouco o exagero. Nós também temos responsabilidade nisso. É impossível não nos manifestar-nos.

Análise: Até à expulsão, o FC Porto controlou o jogo, ao controlar os dois homens do corredor central, o Gabriel e o Weigl, tendo atenção ao Chiquinho, que também é um jogador difícil de controlar. Depois, com bola, aproveitar uma debilidade do nosso adversário. Depois da expulsão, tivemos de voltar a reunir. A bola parada é um momento forte para nós, que nós trabalhamos. É muito redutor falar que o FC Porto vive da bola parada, porque, para consegui-lo, tem que ter volume, ser acutilante e ferir o adversário.

Mbemba como herói improvável: Ele passou um momento difícil aqui no FC Porto, quando não era muito utilizado e, hoje, está a jogar por mérito dele. Mas não podemos esquecer quem está em casa e sofreu muito e a viver como ninguém aquilo que estamos aqui a conquistar, que é o Marcano.

FC Porto na próxima temporada: Será um FC Porto igual a si próprio, igual à gente do norte.

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