Pep Guardiola aproveitou, esta sexta-feira, a conferência de imprensa de antevisão àquele que é o encontro 'cabeça de cartaz' da quarta jornada da Premier League, que irá colocar, frente a frente, o 'seu' Manchester City e o Manchester United, para responder a uma consideração levada a cabo por Arne Slot.
O treinador do Liverpool defendeu, horas antes, que Alexander Isak (que chegou, no passado mercado de transferências de verão, a Anfield, proveniente do Newcastle, a troco de uma verba próxima dos 150 milhões de euros) é, neste momento, o "melhor avançado do mundo", algo que com o catalão não concorda.
Questionado sobre em que patamar coloca Erling Haaland, a sua aposta para a frente de ataque dos citizens, em relação ao internacional sueco, o treinador de 54 anos de idade respondeu, sem a mínima hesitação: "Um pouco acima".
"Isak é um jogador excecional. Perguntam-me o que é o Erling enquanto ponta de lança... É de topo, mas é claro que Isak também deve ser de topo, pelo que pagaram por ele. Isso é óbvio", acrescentou, recusando estabelecer uma hierarquia planetária de dianteiros.
"Outros dirão que é Mbappé, outros dirão que é Messi, outros dirão que é o Cristiano... Tudo bem. Isto é um jogo de opiniões, e cada um tem direito à sua. Não estou a dizer que alguém tem razão, mas eu não trocaria o Erling por ninguém, porque conheço-o, além de que é adorável enquanto pessoa. Gosto dele", rematou.
Afinal, por que saiu Ederson?
Perante os jornalistas, Pep Guardiola esclareceu, ainda, os motivos que o levaram a aceitar perder Ederson Moraes, antigo guarda-redes do Benfica, para o Fenerbahçe, equipa orientada pelo treinador português José Mourinho, numa janela de mercado que, em troca, lhe valeu Gianluigi Donnarumma, do Manchester City.
"No final, acaba sempre por ser de ambos. Há jogadores nos quais quem manda é o empresário, certo? São eles que tomam as decisões pelos jogadores e pelos clubes. O Ederson há já dois anos que pensava que tinha feito tudo, depois de ter conquistado a Liga dos Campeões e a Premier League, e queria outra coisa, também pela família. Ele queria outras experiências, e aconteceu, este verão", apontou.
Finalmente, o catalão explicou aquilo que mais o encanta no novo 'dono' da baliza do Manchester City: "Tento sempre adaptar-me às qualidades dos jogadores. Não vou exigir ao Gigi que faça algo com que não se sinta confortável. Com Ederson, estamos a falar de um dos melhores jogadores que alguma vez vi na distribuição curta e longa do jogo. Não contratámos o Gigi para fazer o que Ederson fazia. O Gigi tem outras qualidades".
"Quando fazem a analogia entre um jogador e outro, parece que estão a minimizar um em detrimento do outro, e não tem a ver com isso. Há defesas-centrais, por exemplo, como Khusanov, que são mais rápidos do que todos os outros defesas-centrais. Quando um é mais rápido, é mais rápido. A mãe e o pai deram-lhe genes que os outros não têm, mas os outros têm algo que o Khusanov não tem", rematou.
Leia Também: Alexander Isak ainda não se estreou, mas já faz 'estragos' no Liverpool
