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"Queria um novo desafio e vim para um clube que luta por títulos"

Em entrevista exclusiva ao Desporto ao Minuto, Pedro Emanuel analisou a sua primeira experiência como treinador no estrangeiro, definindo-a como uma necessidade e recordando algumas semelhanças entre o futebol luso e o cipriota.

Notícias ao Minuto

09:05 - 31/01/16 por Paulo Rocha

Desporto Pedro Emanuel

Pedro Emanuel abraçou o seu primeiro desafio além-fronteiras ao assumir os destinos do Apollon Limassol depois de ter consolidado a sua posição enquanto treinador principal ao serviço da Académica de Coimbra e do Arouca.

Em entrevista exclusiva ao Desporto ao Minuto, o técnico de 40 anos confessou, desde o sul do Chipre, que sentia necessidade de abraçar um novo desafio e dar um passo em frente na carreira. Pedro Emanuel sonha conquistar o título e encontra semelhanças entre os adeptos portugueses e cipriotas.

Que objetivos é que foram traçados pela direção quando assinou pelo clube? Sente que está a cumprir com as expetativas criadas com a sua chegada?

Estamos a chegar a uma fase decisiva do campeonato. Estamos na fase regular, faltam cinco jornadas para a fase final. Estamos dentro das expetativas, esperávamos estar numa posição melhor [n.d.r.: estão no 5.º lugar], mas sempre a tentar fazer melhor. O objetivo do Apollon, que no ano passado perdeu o campeonato nas últimas duas jornadas, é sempre o mesmo: tentar ser campeão. Mas, acima de tudo, garantir as competições europeias que são conseguidas nos três primeiros lugares. Estamos nos quartos de final da Taça do Chipre, que é uma competição que qualquer equipa ambiciona ganhar e, por isso mesmo, tudo dentro das expetativas que temos.

Depois de várias aventuras na I Liga portuguesa, estava na hora de experimentar um país diferente? O que espera ganhar com esta aventura no estrangeiro? Em termos pessoais qual é a sua ambição?

Senti acima de tudo que precisava de ter outro desafio. Quis evoluir na minha carreira. As experiências foram muito gratificantes, quer na Académica, quer no Arouca, e acho que foram dois trabalhos bem conseguidos. E quis elevar o patamar. No Arouca o objetivo era consolidar o clube na I Liga e o risco era maior para mim do que para o clube. Depois aguardei por um clube que me permitisse ir mais além. E ir mais além era estar num clube que lutasse para ser campeão, para chegar às competições europeias, que seja favorito e que tenha de ganhar a cada jogo. Junto do Apollon vim encontrar um clube muito bem estruturado e com boas condições de trabalho. Apesar de ser um clube que está a baixo daquilo que é o patamar do Apoel [emblema rival], no aspeto financeiro, penso que temos uma equipa equilibrada e competitiva e que está pronta para atacar a fase final.

As estruturas dos clubes são muito diferentes das equipas portuguesas?

Um pouco. As nossas condições aqui equiparam-se a um Sporting de Braga. Não há nenhum clube aqui que tenha uma estrutura ao nível de um FC Porto, Benfica ou Sporting. O país também atravessa, tal como Portugal, algumas dificuldades económico-financeiras e, por isso mesmo, estagnou um pouco.

Conta com jogadores portugueses a trabalhar consigo. A presença de atletas do seu país é importante?

É lógico que é sempre importante, mas não tanto para nós como para os jogadores. Temos o Bruno Vale [n.d.r.: guarda-redes] que está aqui há alguns anos e temos alguns jogadores que conhecíamos do futebol português, que vieram para nos ajudar bastante. São os casos do João Pedro, do Elízio e do Freire, que nos dão algumas garantias. Não existe muita quantidade de jogadores cipriotas de qualidade e, por isso mesmo, a presença de jogadores estrangeiros é quase obrigatória.

No Chipre, os jogadores e os treinadores portugueses são reconhecidos pelo seu valor?

Nem tanto. O povo cipriota é apaixonado pelo futebol, mas pouco paciente. Comparo-o com o povo português, mas ainda menos paciente. Neste momento, é uma vitória importante o tempo que temos à frente da equipa. Ainda mais pelo exemplo que temos, o Domingos [Paciência] foi dispensado na 1.ª jornada. Estamos aqui há sete meses e é importante acreditarem no meu trabalho. Estamos a consolidar a equipa. Acho que isso é uma parte do reconhecimento que temos.

Veja a segunda parte da entrevista a Pedro Emanuel, onde este fala sobre a atualidade do FC Porto, aqui.

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