Eleições são insuficientes para travar queda no consumo de cimento
O consumo de cimento deverá manter-se este ano em valores inferiores aos de 2012, apesar da proximidade das eleições autárquicas, de acordo com as previsões da Cimpor.
© LUSA
Economia Cimpor
"Espera-se que, em Portugal, o consumo de cimento se mantenha ainda em valores inferiores a 2012 apesar da proximidade das eleições autárquicas", antecipa a cimenteira no comunicado relativo aos resultados do primeiro semestre deste ano, período em que reduziu os prejuízos para 75 milhões de euros.
Ainda assim, a Cimpor reconhece a existência de "sinais, ainda muito ténues, de recuperação da economia", sublinhando ainda que os "resultados positivos da atividade exportadora são animadores".
A nível mais global, a cimenteira também refere os "sinais positivos após trimestres consecutivos de recessão".
O fabrico e comercialização do cimento constituem o negócio nuclear do grupo.
A Cimpor fechou o primeiro semestre com prejuízos de 75 milhões de euros, que compara com os 204,8 milhões de euros no período homólogo, apesar da adversidade cambial sentida em várias geografias face ao euro, anunciou hoje a empresa.
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Cimpor anunciou um aumento de 19,6% no volume de negócios, para 1,3 mil milhões de euros, decorrente do alargamento da atividade na América do Sul, tendo sido prejudicado pela desvalorização cambial superior a 10% do real brasileiro face ao euro.
Até junho, o resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (EBITDA) aumentou 6%, para 284 milhões de euros, apesar de 47 milhões de euros de efeitos não recorrentes e de 32 milhões de euros em perdas cambiais.
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