Câmara do Comércio considera "incompreensível" demora no processo
A Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada definiu hoje como "incompreensível" a demora na decisão do processo de alienação de 49% da Azores Airlines, considerando "a urgência de introdução de mudanças estruturais no funcionamento" da empresa.
© Global Imagens
Economia Privatização
A preocupação consta de um comunicado enviado às redações, a propósito de uma reunião da direção daquele organismo.
Em 30 de agosto, a secretária regional dos Transportes e Obras Públicas disse que a transportadora pública SATA está a analisar a proposta apresentada para a alienação de 49% do capital social da SATA Internacional - Azores Airlines (que faz as ligações para fora do arquipélago) e conta ter resultados em breve.
"A análise está a ser feita pela SATA. Contamos ter, num breve espaço de tempo, o resultado dessa análise da proposta que foi apresentada", disse Ana Cunha, em declarações aos jornalistas, acrescentando que "não é uma operação de confronto e de decisão imediata" porque "há diversos pontos e muita informação na proposta que têm de ser analisados, nomeadamente do ponto de vista da sua conformidade com o caderno de encargos".
O grupo SATA anunciou em 17 de abril que a Loftleiðir Icelandic foi pré-qualificada para a segunda fase do processo de negociação da alienação de 49% do capital social da Azores Airlines.
Segundo o grupo, ficou pré-qualificado o único potencial comprador que apresentou manifestação de interesse na Azores Airlines.
No comunicado a direção da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada lamenta "a persistência de falhas graves na operação da SATA Internacional - Azores AirLines, com reflexos negativos profundos na imagem do destino Açores, particularmente no mercado norte-americano".
Por outro lado, manifesta preocupação com "a retração que se verificou este verão nas dormidas na hotelaria tradicional, segmento do turismo onde existem investimentos muito avultados em amortização".
No mesmo comunicado, a Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada aponta que a execução orçamental até julho de 2018 evidencia, comparativamente com o mês homólogo de 2017, alguma estabilidade (com ligeira quebra) dos impostos sobre o rendimento.
"Um elevado crescimento dos impostos indiretos (particularmente do Imposto sobre o Valor Acrescentado e do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos), com um incremento de cerca de 22,1 milhões de euros. Uma quebra acentuada nos fundos comunitários (cerca de 38 milhões de euros, ou seja, uma redução de 59,5%). Uma ligeira descida nas transferências do Orçamento do Estado. A receita fiscal subiu 6,17%, muito acima do crescimento da economia", refere a entidade.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com