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Orçamento é "indecente" e "pode gerar convulsões"

O presidente eleito para a Câmara de Sintra, Basílio Horta, afirmou hoje que o Orçamento do Estado para 2014 é "o terceiro orçamento do doutor Vítor Gaspar", um "orçamento indecente", que poderá gerar "convulsões sociais".

Orçamento é "indecente" e "pode gerar convulsões"
Notícias ao Minuto

17:24 - 17/10/13 por Lusa

Economia Basílio Horta

"Este é o terceiro orçamento do doutor Vítor Gaspar, com outro nome e com outras pessoas, mas o caminho é o mesmo (...) É um orçamento indecente, é difícil qualificar este orçamento", disse hoje Basílio Horta numa conferência sobre o Orçamento do Estado para 2014 na Universidade Católica, em Lisboa.

O autarca eleito para Sintra referiu que o orçamento de 2013 "foi um aumento de impostos brutal" e que, em 2014, "o país vai ter mais quatro mil milhões" de austeridade, que vai ser paga por "idosos, reformados e funcionários públicos".

"Suponho que este orçamento pode ser origem de convulsões sociais graves que nós não estamos habituados a ter, mas penso que, com o Tribunal Constitucional, os portugueses ainda podem ter alguma esperança".

Na mesma conferência, o socialista Óscar Gaspar referiu que, apesar de o Governo afirmar que este é um orçamento de consolidação, "a análise dos resultados dos últimos anos não permite esta conclusão" até porque, disse, o défice deste ano será de 5,8% "e já com o perdão fiscal".

"Sem o perdão fiscal seria de cerca de 6,2% e estaríamos pior do que em 2012", afirmou.

Óscar Gaspar, membro da comissão política e económica do PS, destacou ainda que "os países sobre assistência não são todos iguais e não têm todos a mesma estratégia", referindo que a Irlanda incluiu no seu orçamento para 2014 um défice de 4,8%, acima do que Portugal prevê (4%).

O socialista considerou que o orçamento para o próximo ano "foi uma oportunidade perdida" e lamentou que não tenham sido incluídas mais medidas pró crescimento.

O Governo entregou na terça-feira a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2014 na Assembleia da República. O documento prevê cortes salariais entre os 2,5% e os 12% para os funcionários públicos que ganhem mais de 600 euros.

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