Há 1.509 empresas que deixaram de exportar "para um único país"
O número de empresas portuguesas que nesta legislatura passou a ter mais do que um pais como destino das suas exportações aumentou em 1.509 disse hoje o secretário de Estado da Internacionalização.
© Global Imagens
Economia Brilhante Dias
"Nesta legislatura aumentou o número das empresas que exportam e reduziu-se o número das que exportavam apenas para um único país", referiu Eurico Brilhante Dias, precisando que aquele universo caiu de 12.306 para 10.797.
Estes dados foram anunciados hoje durante uma audição do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, na comissão parlamentar de Economia Inovação e Obras Públicas, e enquadram-se numa das prioridades definidas pelo Governo em aumentar a base e diversificar os mercados de exportação.
Antes, Augusto Santos Silva tinha elencado a "listagem das seis prioridades" para 2019 em termos de captação de investimento e de exportações, na qual incluiu a coordenação das ações de promoção da imagem internacional do país, a continuação da política de apoio à promoção de investimento e a aposta em mercados que deem escala às exportações, nomeadamente a China e a Índia.
A adoção de medidas que mitiguem os impactos do 'Brexit' para os cidadãos e empresas, e a preparação da Expo Dubai são outras das prioridades, bem como a intenção de estar "na linha da frente" no processo de diversificação económica que está a ser promovido pelas autoridades angolanas.
Sobre Angola, em resposta a questões colocadas pelos deputados, Eurico Brilhante Dias referiu que cerca de dois terços da dívida às empresas portuguesas já está certificada, sendo que para a maioria das empresas os valores já estão certificados na totalidade.
Em causa estão cerca de 470 milhões de euros reclamados por cerca de 25 empresas, sendo que "do valor certificado, cerca de 80% já tem o modelo de pagamento acordado com o Estado angolano".
O secretário de Estado referiu ainda que subsistem algumas divergências entre o valor reclamado e o certificado que envolvem entre quatro a cinco empresas, mas estima que a resolução esteja para breve.
"Vamos continuar a trabalhar. Este é um processo contínuo e esperamos que acabe satisfatoriamente muito proximamente", adiantou o governante à Lusa, no final da audição.
Durante esta audição, o deputado do Bloco de Esquerda Heitor de Sousa referiu-se ao incidente no Bairro da Jamaica e ao telefonema de Augusto Santos Silva ao seu homólogo angolano, tendo o ministro afirmado que esse contacto foi "para agradecer" a reação de Angola face ao incidente (e que foi expressa num comunicado da Embaixada de Angola em Lisboa e num comunicado do ministro do Interior angolano) e não para pedir desculpas.
"Estes dois gestos de Angola são gestos muitos importantes que tocaram muito fundo no Governo e, por isso, tomei a iniciativa de telefonar ao meu colega para lhe agradecer. Não foi para lhe pedir desculpa, foi para lhe agradecer, para agradecer a forma como as autoridades angolanas reagiram a este incidente que todos lamentamos", esclareceu.
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