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Execução orçamental: Défice agrava-se para 2.255 milhões até março

As Finanças tinham já dado conta de um aumento na despesa na Saúde e a superação do teto das despesas Covid-19 na Segurança Social.

Execução orçamental: Défice agrava-se para 2.255 milhões até março
Notícias ao Minuto

15:59 - 26/04/21 por Notícias ao Minuto

Economia Execução Orçamental

O défice agravou-se em 2.358 milhões de euros até março para 2.255 milhões, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Ministério das Finanças. Até fevereiro, recorde-se, o défice tinha aumentado para 1.153 milhões de euros.

"O défice das Administrações Públicas em contabilidade pública atingiu 2.255  milhões de euros em resultado da terceira vaga da pandemia. Esta evolução traduziu-se num agravamento de 2.358 milhões de euros face ao período homólogo explicado pelo impacto do confinamento e das medidas de resposta à pandemia", sublinha o Ministério das Finanças, em comunicado. 

Acrescenta ainda o gabinete do ministro João Leão que a "degradação do défice resultou do efeito conjunto da contração da receita (-6%) aliado ao crescimento significativo da despesa primária (+6,5%), reflexo dos impactos negativos na economia particularmente evidentes na redução da receita fiscal e contributiva e das medidas extraordinárias de apoio a famílias e empresas", pode ler-se. 

Despesa com medidas extraordinárias ultrapassa os 2.000 milhões

No primeiro trimestre a despesa total com medidas extraordinárias de apoio às empresas e às famílias ultrapassou os 2.000 milhões de euros (2.058 milhões), de acordo com o Executivo. Só no mês de março a despesa atingiu os 923 milhões de euros.

"Destaca-se o crescimento muito elevado dos apoios às empresas que ascendeu a 1.182 milhões de euros, em especial o programa Apoiar.pt (533 milhões de euros) cuja execução representa mais do triplo do valor total de 2020. Também contribuíram para este aumento as medidas de apoio aos custos do trabalho que atingiram 649 milhões de euros, principalmente o lay-off simplificado (273 milhões de euros), o apoio extraordinário à retoma progressiva de atividade (230 milhões de euros) e o incentivo extraordinário à normalização (147 milhões de euros)", segundo as Finanças. 

A Direção-Geral do Orçamento (DGO) divulga hoje a execução orçamental até março, tendo as Finanças já dado conta de aumento na despesa na Saúde e a superação do teto das despesas Covid-19 na Segurança Social.

Na quarta-feira, fonte oficial do Ministério das Finanças adiantou à Lusa que a despesa com medidas extraordinárias da Segurança Social decorrentes da pandemia somou 804,9 milhões de euros no primeiro trimestre, representando 42% da despesa de todo o ano 2020 e superando o total orçamentado para 2021.

Na sexta-feira, fonte do ministério liderado por João Leão revelou que a despesa total do Serviço Nacional de Saúde (SNS) cresceu 5,9%, no primeiro trimestre do ano (160,2 milhões de euros), face a 2020, atingindo os 2.883,8 milhões de euros.

A despesa do SNS com pessoal de saúde "disparou" 10,4% nos três primeiros meses do ano (mais 119,6 milhões de euros), com um crescimento homólogo de 8% do número de profissionais ao serviço (mais 10.829 trabalhadores).

Receita fiscal e contributiva recua

Dado o abrandamento da atividade económica, a receita fiscal recuou 10,1%, com a generalidade dos impostos a evidenciar quebras, destacando-se a redução de 11,7% do IVA em termos comparáveis (ajustada do efeito dos planos prestacionais). As contribuições para a Segurança Social reduziram-se 0,6%, segundo o gabinete de João Leão. 

[Notícia atualizada às 16h09]

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