Inflação regista 5,6% em agosto, a taxa mais alta desde dezembro de 2017
A consultora NKC African Economics salientou hoje que a inflação em Moçambique subiu em agosto para o nível mais elevado desde dezembro de 2017, mês em que os preços subiram 5,6% face ao período homólogo de 2020.
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"A taxa de inflação subiu em agosto, atingindo o nível mais elevado desde dezembro de 2017, lê-se num comentário aos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) de Moçambique, que dão conta de uma subida homóloga de 5,6% e de um ligeiro acréscimo de 0,2% face ao mês de julho.
De acordo com a nota dos analistas desta filial sul-africana da britânica Oxford Economics, "a inflação subiu, em média, 5,3% de janeiro até agosto, um aumento face aos 3,1% registados no mesmo período de 2020".
A consultora antecipa que a fraca procura interna vá conter as pressões sobre a inflação e aponta que as principais razões para o aumento dos preços são a subida dos preços do petróleo e as perturbações nas cadeias de distribuição.
"Para além disso, estimamos que o preço médio do petróleo vá subir significativamente este ano e deverá continuar a sustentar a inflação nos transportes a curto prazo", escrevem, acrescentando que as "as cadeias de abastecimento também sofrem perturbações devido à covid-19, à guerra civil em Cabo Delgado e ao aumento dos custos do transporte marítimo".
O INE anunciou, a 11 de setembro, que Moçambique voltou a registar aumento de preços em agosto face a julho, após quatro meses consecutivos de deflação.
Agosto terminou com uma inflação mensal de 0,19%, lê-se no boletim do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) divulgado então, segundo o qual a inflação homóloga foi de 5,61% (acima dos 5,48% de julho).
Os valores do IPC são calculados a partir das variações de preço de um cabaz de bens e serviços, com dados recolhidos nas cidades de Maputo, Beira e Nampula.
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