Conferência ministerial da OMC poderá realizar-se em março
A conferência ministerial da OMC, que deveria ter-se realizado esta semana em Genebra, mas foi cancelada no último minuto devido ao surto da variante Ómicron, poderá ter lugar no início de março de 2022, foi hoje anunciado.
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Economia OMC
Depois de uma reunião com a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, no domingo, o presidente e os vice-presidentes da conferência ministerial propuseram na segunda-feira, numa carta às delegações, que esta "fosse convocada para a primeira semana de março de 2022, se as condições o permitirem".
A conferência ministerial da OMC, a primeira desde o final de 2017, deveria ter-se realizado de 30 de novembro a 03 de dezembro deste ano na sede da organização com cerca de 4.000 participantes, incluindo chefes de Estado e mais de uma centena de ministros.
A conferência deveria ter-se realizada no Cazaquistão em junho de 2020, mas já tinha sido adiada depois do aparecimento dos primeiros casos de covid-19 no final de 2019.
Desta vez, sofreu com o aparecimento da nova variante Ómicron do coronavírus, detetada em novembro na África Austral e que a Organização Mundial de Saúde (OMS) descreveu como "preocupante" na passada sexta-feira.
No mesmo dia, após uma reunião de emergência, os 164 membros da OMC concordaram na sexta-feira em adiar "sine die" a 12.ª conferência ministerial devido à deterioração da situação epidemiológica e às restrições de viagem daí resultantes.
Na carta enviada às missões e consultada pela AFP, o presidente e os vice-presidentes da conferência dizem "apoiar plenamente" a decisão, mas sublinham: "Este adiamento não deve ser motivo para não arregaçarmos as mangas, mas, pelo contrário, devemos manter o atual ímpeto e desenvolvê-lo".
Convidam as delegações em Genebra a continuar o trabalho em todas as áreas e a "concluir acordos o mais rapidamente possível", sem esperar pela vinda dos ministros.
"Em particular, acreditamos que cabe aos membros, no meio da pandemia, alcançar rapidamente uma convergência sobre a resposta da OMC à pandemia, incluindo encontrar uma solução sensata para o seu aspeto de propriedade intelectual", adiantam.
"Além disso, dado que as negociações sobre os subsídios à pesca fizeram progressos significativos nas últimas semanas, apelamos a todos para que mostrem flexibilidade e permitam que os negociadores em Genebra eliminem o mais rapidamente possível as diferenças remanescentes nesta área", acrescentam.
Esta conferência seria a primeira de Okonjo-Iweala, que chegou em março e tem sido amplamente elogiada pela sua incansável vontade de restaurar o perfil da OMC no meio da crise e das crescentes rivalidades entre as duas maiores economias mundiais: a China e os Estados Unidos.
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