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Altice. Contexto é "incerto" mas somos uma "indústria resiliente"

A nova CEO da Altice Portugal, Ana Figueiredo, afirmou hoje que o atual contexto económico é "incerto", mas a indústria é "resiliente" e está segura de que empresa vai conseguir responder aos desafios.

Altice. Contexto é "incerto" mas somos uma "indústria resiliente"
Notícias ao Minuto

15:41 - 18/03/22 por Lusa

Economia Altice Portugal

Ana Figueiredo vai ser a nova presidente executiva da Altice Portugal em 02 de abril, substituindo Alexandre Fonseca, que passa a ter funções executivas internacionais no grupo, acumulando com o cargo de 'chairman' na subsidiária portuguesa.

"Relativamente ao contexto que estamos a atravessar na Europa", este é "um contexto incerto", afirmou a nova presidente executiva da dona da MEO, na conferência de imprensa sobre as alterações à estrutura.

"Não sabemos quanto tempo é que vai durar este conflito e que impactos económicos e financeiros pode ter, nenhum de nós tem essa bola de cristal, obviamente a estrutura, se for necessário ser atualizada -- porque eu conto com todos os colaboradores da Altice Portugal --", se "em devido tempo tiver de ser ajustada ou se tiver de fazer algum ajuste", tal "será" feito, disse.

No entanto, "isso vai ser analisado a partir de 02 de abril com esta equipa que me vai acompanhar", afirmou Ana Figueiredo.

"Avaliamos diariamente os riscos operacionais, estratégicos, internos e externos, e todos os fatores novos que ocorrem como pandemias ou guerras", prosseguiu, salientando que a Altice Portugal provou durante a pandemia que soube adaptar-se.

"Somos uma indústria resiliente, que conecta todos vós, famílias, pessoas, empresas, estamos preparados, soubemos responder, estou segura de que vamos conseguir novamente responder", sublinhou.

Relativamente a estes impactos exógenos -- guerra, eventual ressurgimento da pandemia, subida da inflação, entre outros -- "como equipa de gestão vamos monitorizá-los, ajustá-los e vamos tomar as medidas que sejam necessárias", asseverou Ana Figueiredo.

Por sua vez, Alexandre Fonseca destacou a "vantagem da operação da Altice Portugal estar inserida num grupo internacional, que tem contacto com outras realidades, capacidades do ponto de vista de negociação que são sinérgicas".

Isso "ajuda-nos em momentos como estes, como por exemplo a vertente logística e os preços de materiais que estão sobre pressão", pela capacidade que "temos de atuar em rede e trabalhar de forma conjunta e de poder fazer negociações de grupo integradas".

"Tudo isso é uma mais-valia que o grupo pode trazer para cada uma das operações em cada um dos países" onde opera, salientou.

Alexandre Fonseca sublinhou ainda que a consolidação "será um dos pontos chave" nos próximos meses ou anos "no setor das telecomunicações.

Questionada sobre a sua escolha para liderar a Altice Portugal e o facto de ser mulher, a CEO rematou: "Prefiro ter em consideração que fui escolhida pela minha capacidade de liderança e competências, mais do que ser do género feminino"

O presidente executivo cessante reforçou a posição de Ana Figueiredo.

"Que fique claro que a decisão e a escolha da Ana foi tomada em primeiro lugar pelos nossos fundadores e acionistas, eu participei nesse processo" e "foi uma decisão unânime com base única e exclusivamente" no "trabalho reconhecido e meritório" que a gestora desenvolveu no grupo, além das suas características pessoais e de gestão.

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