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EMEL diz que "tem feito esforço" para responder a aumentos salariais

A Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) considerou hoje que "tem feito um esforço" para "ir ao encontro das pretensões" de aumentos salariais dos trabalhadores, mas que está neste momento "num esforço de recuperação económica".

EMEL diz que "tem feito esforço" para responder a aumentos salariais
Notícias ao Minuto

18:42 - 30/05/22 por Lusa

Economia Emel

"Neste momento, a EMEL encontra-se num esforço de recuperação económica com vista à melhoria da sua atividade em prol da mobilidade dos munícipes lisboetas, contando com os seus trabalhadores, aos quais nunca faltou mesmo durante a pandemia [de covid-19]", lê-se numa resposta escrita à Lusa, a propósito de um plenário de trabalhadores da semana passada em que foi decidido avançar com uma greve em 09 de junho se não forem retomadas as negociações para aumentos salariais.

A decisão foi tomada durante um plenário que decorreu à porta da Câmara Municipal de Lisboa e que contou com a secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.

"A exigência de 90 euros de aumento exigido para todas as empresas do setor público demonstra que o valor exigido não se coaduna com as condições financeiras em que cada empresa se encontra", defende a EMEL, na mesma resposta escrita enviada hoje à Lusa

A empresa diz ainda que "não é alheia ao momento económico difícil do país" e que nos últimos dois anos, por causa da pandemia, também "a atividade da EMEL foi afetada, com perdas significativas resultantes da paragem da atividade", o que "obrigou inclusivamente à transferência de verbas do município para a EMEL".

A EMEL acrescenta que "tem feito um esforço no sentido de ir ao encontro das pretensões dos sindicatos representativos dos trabalhadores" e refere que "no início deste mês" alcançou um acordo com o SITESE (Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços, da UGT) "para revisão do Acordo de Empresa que se traduziu no aumento de 25 euros para todos os trabalhadores [aumento médio de 2,48%]" e "em 5% do subsídio de trabalho por turnos dos trabalhadores que fazem trabalho 24 horas".

A empresa lembra que tinha começado as negociações com os sindicatos com uma proposta de aumento inicial de 15 euros e diz que, "lamentavelmente, o CESP [Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, da CGTP] não subscreveu o acordo".

Também em 2019 e 2021 a EMEL "negociou com os sindicatos revisões à tabela salarial que se traduziram em aumentos mínimos de 20 euros e cinco euros, respetivamente", acrescenta.

"Naturalmente que a EMEL respeita o direito à greve", diz a empresa.

Em declarações à Lusa no dia do plenário à porta da Câmara Municipal de Lisboa, Orlando Gonçalves, do CESP, apelou a uma "resposta imediata do executivo" da Câmara de Lisboa, para evitar nova greve em 09 de junho.

Os trabalhadores da EMEL cumpriram uma greve de 24 horas no dia 06 deste mês, tendo sido registada uma adesão de cerca de 90%, segundo os sindicatos, e inferior a 30%, de acordo com a empresa.

Um aumento salarial de 90 euros, a atribuição de diuturnidades no valor de 40 euros, 25 dias úteis de férias e dispensa no dia de aniversário, um subsídio de refeição de 8,50 por dia e atribuição de um subsídio de penosidade no valor de 80 euros são algumas das exigências.

"Estamos disponíveis para conversações sérias, até porque é justo, possível e é necessário o aumento dos salários, porque têm capacidade disso, com receitas que este ano são superiores ao que foram em 2019", argumentou o sindicalista.

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