FMI prevê que 84% dos países terão este ano taxas mais baixas que em 2022
O FMI prevê que em 84% dos países a taxa de inflação este ano será menor do que em 2022, prevendo que a média anual da inflação global caia de 8,8% no ano passado para 6,6% em 2023.
© Lusa
Economia Crise/Inflação
Na atualização das 'Previsões Económicas Globais' (WEO, na sigla em inglês), o Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que existem sinais de que o aperto da política monetária está a começar a ter impacto na procura e na inflação, mas acredita ser "improvável" que o verdadeiro impacto seja sentido antes de 2024.
"A inflação global parece ter atingido o pico no terceiro trimestre de 2022", pode ler-se no relatório, que acrescenta que os preços dos combustíveis e das 'commodities' de não combustíveis caíram, reduzindo o Índice de Preços no Consumidor, principalmente nos Estados Unidos, na zona euro e na América Latina.
No entanto, dá nota de que a inflação 'core' ainda não deverá ter atingido o pico na maioria das economias e continua bem acima dos níveis pré-pandémicos.
"Espera-se que cerca de 84% dos países tenham inflação global (Índice de Preços ao Consumidor) mais baixa em 2023 do que em 2022", antecipa.
A instituição liderada por Kristalina Georgieva prevê, assim, que a taxa de inflação global deverá cair de 8,8% em 2022 (média anual) para 6,6% em 2023 e 4,3% em 2024, acima dos níveis pré-pandémicos (2017-19) de cerca de 3,5%.
De acordo com o relatório, a justificar a queda da taxa de inflação projetada está, em parte, a queda nos preços internacionais dos combustíveis e das 'commodities' não combustíveis devido à procura global mais fraca.
Reflete ainda o efeito de arrefecimento do aperto da política monetária sobre a inflação subjacente, que globalmente deve cair de 6,9% no quarto trimestre de 2022, em termos homólogos, para 4,5% no quarto trimestre de 2023, acrescenta.
Ainda assim, a descida da inflação será gradual: até 2024, a média anual projetada e a inflação 'core' ainda estarão, respetivamente, acima dos níveis pré-pandémicos em 82% e 86% das economias.
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