Taxas de juro em Macau e Hong Kong sobem pela nona vez em um ano
A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) aprovou hoje um aumento de 0,25 pontos percentuais da principal taxa de juro de referência, a nona subida desde março de 2022, seguindo a Reserva Federal (Fed) norte-americana.
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Economia Taxas
A AMCM fixou em 5,25% a taxa de redesconto, valor cobrado aos bancos por injeções de capital de curta duração, de acordo com um comunicado. É o nível mais alto desde dezembro de 2007, em plena crise financeira e económica mundial.
O regulador financeiro da região administrativa especial chinesa seguiu assim o aumento anunciado na quarta-feira pela Fed.
A AMCM disse que a subida era inevitável, por a moeda de Macau, a pataca, estar indexada ao dólar de Hong Kong, pelo que "a taxa de juros em Macau é consistente com a taxa de juros em Hong Kong".
A decisão da AMCM surgiu pouco depois de a Autoridade Monetária de Hong Kong ter anunciado a subida da taxa de juro de referência, devido ao aumento imposto pelo banco central dos EUA.
O dólar de Hong Kong está indexado ao dólar norte-americano.
Depois do anúncio, a bolsa de valores de Hong Kong negociou em alta, com o principal índice, o Hang Seng, a subir 0,28% até às 09:45 (01:45 em Lisboa).
A Fed, o banco central dos Estados Unidos, decidiu na quarta-feira subir a sua taxa de juro em 25 pontos base, colocando-a no intervalo entre 4,75% e 5%.
A decisão foi tomada por unanimidade e este é o nível mais elevado da taxa de juro de referência desde 2006.
A Fed disse estar preocupada em travar a inflação, mas avisou que a turbulência no setor bancário pode vir a penalizar a economia.
No comunicado divulgado após uma reunião de dois dias, a Fed indicou que a recente crise que afeta os bancos é "suscetível de pressionar a atividade económica, o emprego e a inflação", mas considerou que "a dimensão desses efeitos ainda é incerta".
Numa conferência de imprensa, o presidente da Fed disse que, devido à crise bancária, os aumentos das taxas de juro podem não ser adequados para conter a inflação.
A Fed já não pode dizer que "antecipa que os aumentos de juros em curso serão apropriados para conter a inflação" e, em vez disso, uma consolidação poderá ser apropriada, indicou Jerome Powell.
Leia Também: Presidente da Fed diz que mais aumentos nos juro podem não ser adequados
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