Emissões de títulos superam amortizações em cerca de 800 milhões em abril
As emissões de títulos pelos setores da economia superaram as amortizações em cerca de 800 milhões de euros em abril, informou hoje o Banco de Portugal (BdP).
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"Em abril, as emissões de títulos foram superiores às amortizações em 0,8 mil milhões de euros, valor justificado na sua quase totalidade pelas emissões deduzidas de amortizações de títulos de dívida (0,7 mil milhões de euros)", refere o banco central num comunicado hoje divulgado.
De acordo com o BdP, as empresas não financeiras e as sociedades financeiras contribuíram na mesma medida para o resultado, tendo as emissões de títulos excedido as amortizações, em cada um dos casos, em cerca de 400 milhões de euros.
O BdP acrescenta que em abril não houve registo de emissões ou amortizações de títulos de dívida por parte do Tesouro, "o que não ocorreu em nenhum outro mês da série publicada" desde dezembro de 1989.
No final de abril, o valor total de títulos emitidos por entidades residentes era de 467.687,07 milhões de euros, mais 2.945,14 que no mês anterior e menos 17.928,4 milhões de euros que no mesmo mês do ano passado.
"Para este resultado contribuíram essencialmente as valorizações de ações cotadas de empresas não financeiras e de sociedades financeiras, de 1,2 e 0,4 mil milhões de euros, respetivamente, as emissões de títulos superiores às amortizações, em 0,8 mil milhões de euros, e as valorizações de títulos de dívida pública, de 0,3 mil milhões de euros", explica o banco central.
O BdP acrescenta que no final do mês em análise estavam previstas, para os 12 meses seguintes, amortizações de 46,5 mil milhões de euros, o equivalente a 16,8% dos 276.399,97 milhões de euros em títulos vivos à data.
As administrações públicas tinham amortizações calendarizadas para os meses de outubro de 2023 e fevereiro de 2024 de 9,4 e 6,8 mil milhões de euros, respetivamente, enquanto nos outros setores as principais amortizações estavam calendarizadas para maio de 2023 nas empresas não financeiras (4,1 mil milhões de euros) e outubro de 2023 nas sociedades financeiras (também 4,1 mil milhões de euros).
No caso das empresas não financeiras, as amortizações previstas "correspondiam, em larga medida, a papel comercial, um instrumento de financiamento de curto prazo muito utilizado pelas empresas portuguesas e que é habitualmente objeto de renovação, isto é, de amortização acompanhada de nova emissão, igualmente de curto prazo".
"É, por isso, previsível que se registe sistematicamente um valor elevado de amortizações calendarizadas para os 30 dias após o fim do mês", sublinhou.
O BdP atualiza as estatísticas de emissões de títulos em 10 de julho.
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