Taxa de poupança das famílias cai para 5,9% no 1.º trimestre
A taxa de poupança das famílias caiu 0,6 pontos percentuais no primeiro trimestre face ao anterior, para 5,9% do rendimento disponível, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
© Lusa
Economia Poupança
Segundo as "Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional" do INE, "este desempenho foi consequência do aumento de 2,6% do consumo privado (3,1% no trimestre anterior), superior ao crescimento de 1,9% do RDB [rendimento disponível bruto]".
O rendimento disponível bruto nominal 'per capita' das famílias atingiu 16,3 mil euros no primeiro trimestre de 2023, o que representou um aumento de 1,9%, relativamente ao trimestre anterior, com crescimentos de 2,7% e 0,8% das remunerações e do Valor Acrescentado Bruto (VAB), respetivamente.
Contudo, a despesa de consumo final aumentou 2,6% (3,1% no trimestre anterior), "determinando a redução da taxa de poupança para 5,9% (6,5% no trimestre anterior), o que conduziu a uma capacidade de financiamento de 0,4% do PIB [Produto Interno Bruto] (0,6% do PIB no trimestre anterior)", explica o INE.
Em termos reais, o RDB ajustado 'per capita' das famílias diminuiu 0,1% no primeiro trimestre de 2023.
Decompondo a taxa de variação (1,9%) do rendimento disponível bruto das famílias no ano acabado no primeiro trimestre, verifica-se que as remunerações e o saldo dos rendimentos de propriedade contribuíram em 1,9 e 0,4 pontos percentuais, respetivamente, para essa taxa de variação, sendo ainda de destacar as contribuições negativas do saldo das prestações sociais e dos impostos (sobre o rendimento e património) em 0,2 e 0,3 pontos percentuais, respetivamente.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) das famílias, que corresponde essencialmente a habitação, recuou 1,1% no primeiro trimestre de 2023 (0,6% no trimestre anterior) e a taxa de investimento das famílias (medida através do rácio entre a FBCF e o rendimento disponível) diminuiu 0,1 pontos percentuais face ao trimestre anterior, para 5,9%.
O rendimento disponível bruto ajustado das famílias (que inclui o valor dos bens e serviços adquiridos ou produzidos pelas Administrações Públicas ou Instituições Sem Fim Lucrativo e que se destinam ao consumo das famílias, como a comparticipações de medicamentos), em termos reais, diminuiu 0,1% no primeiro trimestre, após um aumento de 0,8% no trimestre anterior.
Por outro lado, o consumo final real 'per capita' aumentou 0,7% no primeiro trimestre de 2023 (0,8% no trimestre anterior).
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