Sindicato STT vai pedir reuniões a Drahi e Galamba sobre Altice
O Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT) informou hoje que vai pedir reuniões ao líder do grupo Altice, Patrick Drahi, e ao ministro das Infraestruturas, João Galamba, no âmbito da 'operação Picoas'.
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Economia Altice
Em comunicado, o sindicato adianta que, "perante os factos, e tendo em conta a apreensão dos trabalhadores quanto ao futuro, estas organizações irão solicitar" reuniões a Patrick Drahi e ao ministro das Infraestruturas.
A Patrick Drahi que, "segundo nos foi transmitido, é o único acionista da empresa, para discutir toda esta situação e relembrar que o futuro da Altice passa, estrategicamente, pela valorização dos trabalhadores, que são aqueles que criam a riqueza dos muitos milhões que agora são objeto de notícia", lê-se no comunicado.
O outro pedido de reunião é ao ministro das Infraestruturas, "que é o membro do Governo que tem os instrumentos necessários para colocar esta empresa ao serviço do país e não dos negócios privados", adianta o STT, que reitera que "a solução é nacionalização do que resta da PT (PT Portugal)".
Em 17 de julho, João Galamba, questionado sobre as notícias vindas a público sobre a Altice, recusou-se a fazer comentários.
"Sou ministro que tutela as telecomunicações e, como é evidente, não faz qualquer comentário sobre processos judiciais envolvendo personalidades ou empresas do setor das telecomunicações. Deixarei, como é a minha obrigação, esse processo seguir o seu rumo normal", disse.
A "operação Picoas", desencadeada em 13 de julho, levou a três detenções, entre as quais a do cofundador do grupo Altice Armando Pereira, contou com cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo a sede da Altice Portugal, em Lisboa, e instalações de empresas e escritórios em vários pontos do país, segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público (MP).
Esta foi uma ação conjunta do MP e da Autoridade Tributária (AT).
Em causa, alegadamente, está uma "viciação do processo decisório do grupo Altice em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência", que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva.
As autoridades consideram que a nível fiscal o Estado terá sido defraudado numa verba "superior a 100 milhões de euros".
Em 02 de junho de 2015, a Altice concluiu a compra da PT Portugal.
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