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Altice. Ex-chefe de gabinete de Sócrates é um dos funcionários suspensos

Há no entanto versões distintas: a Altice diz que a iniciativa foi da empresa, mas o ex-chefe de gabinete de Sócrates revela que foi por sua iniciativa que se afastou de funções.

Altice. Ex-chefe de gabinete de Sócrates é um dos funcionários suspensos
Notícias ao Minuto

14:04 - 19/07/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia Altice

Um dos funcionários suspensos no âmbito do caso Altice é André Figueiredo, que chegou a ser chefe de gabinete de José Sócrates e de Alexandre Fonseca - cuja função de Co-CEO também está suspensa no âmbito da mesma investigação. 

A notícia, refira-se, é avançada pela SIC Notícias, sendo que o Notícias ao Minuto já tentou obter mais esclarecimentos junto de fonte oficial da Altice Portugal. 

De acordo com o canal televisivo, há no entanto versões distintas: a Altice diz que a iniciativa foi da empresa, mas à SIC o ex-chefe de gabinete de Sócrates revela que foi por sua iniciativa que se afastou de funções.

A Altice International e as suas afiliadas "colocaram vários representantes legais, gestores e funcionários em Portugal e no estrangeiro em licença" enquanto decorre a investigação no âmbito da "operação Picoas", anunciou hoje o grupo, assegurando colaboração com as autoridades.

Em comunicado, a Altice International afirma que "continua a desenvolver as suas atividades no curso normal", na sequência da 'operação Picoas', e vai continuar a conduzir o negócio "com a mais alta integridade" no melhor interesse de todas as partes interessadas.

O grupo de Patrick Drahi acrescenta que foi lançada uma investigação interna em Portugal e em outras jurisdições.

No documento, divulgado quase uma semana depois de a sede da subsidiária portuguesa, em Lisboa, ter sido alvo de buscas, o grupo refere que "toma nota de que as autoridades portuguesas identificaram que a Altice Portugal terá alegadamente sido defraudada em resultado de práticas prejudiciais e má conduta de certos indivíduos e entidades externas".

A "operação Picoas", desencadeada em 13 de julho, levou a três detenções, entre as quais a do cofundador do grupo Altice Armando Pereira, contou com cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo a sede da Altice Portugal, em Lisboa, e instalações de empresas e escritórios em vários pontos do país, segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público (MP).

Esta foi uma ação conjunta do MP e da Autoridade Tributária (AT).

"O Ministério Público português esclareceu que a sua investigação diz respeito a práticas lesivas sobre as quais a Altice Portugal e as suas subsidiárias são impactadas e, portanto, vítimas de fraude por parte de particulares", prossegue a Altice International, no comunicado.

A Altice International refere que está a trabalhar "ativamente" para proteger "os interesses do grupo e de todos 'stakeholders' [partes envolvidas]" e que a Altice Portugal está a fornecer "toda a cooperação" pedida pelas autoridades portuguesas e que continuará "disponível para qualquer clarificação" para ajudar a investigação em curso.

"Com efeitos imediatos, a Altice International irá rever e reforçar o processo de aprovação de todos os aprovisionamento, pagamentos, ordens de compra e processos relacionados tanto em Portugal como a nível da Altice International", salienta.

Além disso, o grupo e as suas afiliadas estão atualmente a rever os apropriados passos seguintes com os seus conselheiros legais e considerará todas as opções legais, em todas as jurisdições.

"A Altice International continua a desenvolver as suas atividades no decurso normal e continuará a realizar negócios com a mais alta integridade no melhor interesse de todos os 'stakeholders', com clientes e funcionários", remata.

Leia Também: Cofundador da Altice indiciado de 11 crimes de corrupção e branqueamento

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