Lucro da Repsol cai 44,1% no 1.º semestre para 1.420 milhões
A Repsol registou até junho um lucro líquido de 1.420 milhões de euros, menos 44,1% face ao mesmo período do ano anterior, marcado pelo aumento do preço das matérias-primas devido à guerra de Ucrânia.
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Segundo informou hoje a empresa à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV), num contexto de queda de preços e procura de energia, o resultado líquido ajustado, que mede especificamente a evolução dos negócios, situou-se em 2.718 milhões de euros no primeiro semestre do ano, uma quebra de 15,7%.
De acordo com seu relatório financeiro, o resultado operacional bruto (EBITDA) caiu 46,3% para 4.303 milhões de euros, enquanto o EBITDA ajustado caiu 21,6% para 4.982 milhões.
No mesmo período, a empresa, cujas contas foram impulsionadas pelo aumento da produção, pela gestão integrada do sistema refinador em Espanha e pelos avanços na captação de clientes, investiu 3.047 milhões de euros, principalmente em projetos de baixo carbono, dos quais 43% foram para a Espanha e 39% para os EUA.
A Repsol informou anda que acordou uma nova redução de capital mediante o resgate de 60 milhões de ações próprias até final do ano, que se juntam aos 50 milhões de títulos cancelados em junho.
Segundo a empresa, a combinação de dividendos e redução de capital significará a distribuição, em 2023, de cerca de 2.400 milhões de euros aos seus mais de 520.000 acionistas, a grande maioria minoritária e localizados em Espanha.
Face à redução de capital, a empresa lançou um programa de recompra de um máximo de 50 milhões de ações próprias, que começa hoje.
As ações remanescentes serão provenientes de ações existentes em tesouraria e/ou da liquidação de derivativos sobre ações próprias previamente contratados pela empresa.
Desta forma, no final deste ano, a Repsol terá reduzido o seu capital social em 20% face ao existente em dezembro de 2021, bem acima do objetivo estabelecido pelo plano estratégico 2021-2025.
Para além destas reduções de capital, a sociedade pagou em julho, após aprovação em assembleia geral, um dividendo complementar de 0,35 euros brutos por ação -a imputar aos lucros do exercício de 2022- que se somaram à remuneração paga em janeiro deste ano.
Com isto, o dividendo em dinheiro aumentou 11% face ao ano anterior, até aos 0,70 euros brutos/ação.
Os acionistas acordaram ainda a distribuição de mais 0,375 euros brutos/ação a cargo de reservas livres, cuja distribuição está prevista ao longo de janeiro de 2024.
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