O verão já vai a meio e, apesar de não ser altura exclusiva para férias, é quando mais movimentação é registada na hora de uma 'pausa'. 

Mas apesar da euforia e vontade de uma pausa, é preciso ter cuidado na hora de ir, por forma a não tornar as férias num pesadelo.

Depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) a Polícia de Segurança Pública (PSP) e plataformas como a Airbnb alertarem para as burlas com casas de férias, a DECO Proteste decidiu deixar algumas dicas para que não haja surpresas desagradáveis na hora de descansar.

Para além de além de sublinhar que é uma boa ideia voltar a casas de confiança - recorrendo a contatos de amigos ou locais onde já tenham estado - a associação para a defesa do consumidor alerta ainda que há vários locais anúncios na internet que não pertencem a que os disponibiliza. "Os falsos anúncios podem, ainda, ser publicados nas secções de anúncios de redes sociais. Por vezes, nem sequer se localizam no sítio indicado porque as imagens são editadas. Por estas razões, deve procurar casa para férias em plataformas ou jornais fiáveis", lê-se na nota publicada no site da DECO.

"Comece por confirmar no anúncio o número de registo do estabelecimento de alojamento local (AL) e, de seguida, confirme-o no site do Turismo de Portugal. Assim, ficará a saber a localização da casa, quem é o seu titular e os respetivos elementos de identificação (contribuinte, telefone e e-mail)", explicam.

Para além de evitar "precipitações", sobretudo na hora de pagar, deve ter outros cuidados, nomeadamente em plataformas, como, segundo a DECO, o Airbnb.

Mas quais?

Desconfie do que é barato

As ofertas "demasiado boas", como por exemplo com um preço muito baixo mas que se encontrem muito bem decoradas, serão para desconfiar. Deve comparar ofertas idênticas.

Pesquise em várias plataformas

"As comissões cobradas aos proprietários variam consoante a plataforma, e o mesmo apartamento pode estar anunciado em vários sítios com preços diferentes. Procure a melhor oferta", explica a DECO.

Visite o imóvel

É aconselhável que visite o imóvel antes de efetuar qualquer pagamento - já que as fotografias podem criar uma "imagem diferente".

Não ceda a pressões

Segundo a associação, não deverá ceder ao argumento de que há outras pessoas interessadas no imóvel e que deve fazer o pagamento para garantir a reserva. "Demore o tempo que precisar até se sentir confiante com o negócio", lê-se-

Confirme antes de pagar

Há várias coisas que deverá confirmar, entre as quais se há anúncios semelhantes, com as mesmas fotos, ou se há denúncias de burlas sobre aquele anúncio; a identidade do anunciante ou da pessoa com quem tem contactado por e-mail ou telefone; ou se se a identidade do titular da conta bancária a depositar coincide com a do anunciante (pode fazê-lo num terminal ATM). Há outras coisas que deverá confirmar, e pode consultar aqui.

Reclame se correr mal

"Quando a casa não corresponde ao anunciado (pelas fotos ou condições de alojamento, por exemplo) deve pedir o livro de reclamações em formato físico, que os estabelecimentos de alojamento local são obrigados a ter", lê-se no site da DECO, que alerta que em caso de conflito se pode apresentar queixa na plataforma Reclamar, da DECO Proteste.

Da parte dos turistas há a obrigatoriedade de não danificar o imóvel e os equipamentos e de entregar o imóvel como encontrado.

Denuncie as burlas

Se for engando, deverá fazer queixa à PSP, GNR, PGR (veja em que casos). Lembre-se de ter comprovativos da situação, tais como o anúncio, e-mails, fotografias e comprovativos de pagamento.

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