Sindicatos acusam Cimpor de cortar complementos de doença
A Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom) avançou hoje que a administração da Cimpor pretende retirar os complementos de assistência na doença dos trabalhadores e reformados da empresa e ameaça com ações de luta.
© Reuters
Economia Cimpor
"A administração da Cimpor (Grupo OYAK, da Turquia) anunciou a retirada dos complementos de assistência na doença aos atuais e aos futuros reformados e suas famílias a partir de 20 de outubro próximo, afetando de imediato cerca de 1.300 beneficiários", denuncia a Feviccom em comunicado.
Para a estrutura sindical "é inadmissível que uma empresa com mais de 135 milhões de euros de lucros líquidos nos últimos quatro anos, pretenda agora retirar um benefício que pertence, por direito próprio, aos seus trabalhadores".
A dirigente sindical Fátima Messias disse à Lusa que o fim dos complementos foi anunciado "na semana passada, sem aviso prévio", indicando que esse apoio complementar, que consiste numa "espécie de seguro de saúde", existe "há mais de três décadas" na empresa.
Os trabalhadores e reformados "rejeitam os cortes anunciados pelo Grupo OYAK e estão, desde já, a discutir e a aprovar a realização das ações e das lutas necessárias para reverter a medida anunciada pela administração", afirma a Feviccom.
Segundo Fátima Messias, em causa está um sistema complementar ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), para o qual os reformados pagam uma quota de 10 euros por mês, que permite o recurso ao setor privado quando há falta de resposta no serviço público.
"É um direito que os trabalhadores conquistaram", realçou a sindicalista, acrescentando que a Comissão de Trabalhadores da Cimpor já pediu uma reunião urgente com a administração, mas ainda não obteve resposta.
A Lusa questionou a Cimpor sobre a situação e aguarda resposta.
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